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sábado, 22 de julho de 2023

atlas


"Basta procurar as Sete Irmãs, as Plêiades, meu filho. Elas sempre estarão lá, em algum lugar, cuidando e protegendo você quando eu não puder..."

E finalmente conhecemos a história de Pa Salt, e o final da série das Sete Irmãs, de Lucinda Riley que, infelizmente, morreu antes de concluir sua obra. A tarefa de nos entregar o último livro ficou com seu filho, Harry Whittaker, que recebeu dela, depois do diagnóstico de sua doença, todas as orientações necessárias para finalizar o enredo.

"Coincidência significa apenas que há uma conexão esperando para ser descoberta."

O resultado foi muito bom. Gostei muito de acompanhar todos os entrelaçamentos com os volumes anteriores. Como faz anos desde que li o primeiro, tive que recorrer às minhas bibliotecas físicas e digitais para relembrar os acontecimentos e ver que, de fato, todas as respostas já haviam sido dadas. Fiquei até com raiva de não ter percebido algumas coisas antes. Mas uma raiva boa, pois foi bem inteligente a forma com que a autora encontrou para deixar a figura do pai sempre presente para suas filhas. Mais que isso, como a adoção delas, em diferentes partes do mundo, tinha um significado expressivo.

A vida de Pa não foi nada fácil. Tudo bem dramático, aliás, mas gostoso de acompanhar. Não quero entregar aqui nada além do que já escrevi porque caso tenham interesse de adentrar nesses livros, o melhor vai ser o fator surpresa.

Claro, além disso, fomos brindados com viagens por diversos lugares especiais. Resumindo a série, temos um homem misterioso que tem seis filhas. Elas foram adotadas em diferentes partes do mundo: Brasil, Noruega, Inglaterra, Espanha, Estados Unidos e Austrália. Há uma, porém, que segue perdida. Duas outras mulheres o ajudam na tarefa de criá-las e educá-las. Ao todo, a série tem oito livros, cada um contando sobre as circunstâncias em que foram encontradas e como eram suas famílias biológicas. E todas as descobertas acontecem mais ou menos ao mesmo tempo, logo depois da morte do pai. Mas o real motivo das adoções só saberemos neste último volume.

Certamente, vou sentir falta dos romances e aventuras imaginárias que Lucinda me proporcionou. Muito obrigada e RIP.

Veja os outros livros da série:

As sete irmãs (Brasil)

A irmã tempestade (Noruega)

A irmã da sombra (Inglaterra)

A irmã da pérola (Austrália)

A irmã lua (Espanha)

A irmã sol (Quênia)

sábado, 4 de dezembro de 2021

a irmã desaparecida



"E daí se vocês quiserem passar uma noite, uma semana, um mês ou talvez uma vida inteira juntos? Esses momentos, quando você conhece alguém que está tão atraído por você quanto você por ele, são muito raros."

E cheguei ao sétimo livro da saga “As sete irmãs”, de Lucinda Riley. Infelizmente, pouco depois de sua morte. A autora deixou ainda rascunhos e ideias para o que seria o oitavo sobre as irmãs D’Aplièses, cuja história é baseada nas Plêiades da mitologia grega, as sete filhas de Atlas e Pleione, a filha do Oceano. Uma surpresa, já que todos esperavam que “A irmã desaparecida” fosse o último da série.
A cada volume, conhecemos uma das irmãs, ao mesmo tempo em que visitamos diversos países, que revelam suas origens. Vale recordar que todas foram adotadas por um milionário que mora na Suíça, o Pa Salt. Quando ele morre, deixa pistas para que elas encontrem suas famílias biológicas. Dele, pouco sabemos. É um mistério que ronda, inclusive, suas filhas.

Com elas, já estivemos no Brasil, Noruega, Inglaterra, Austrália, Escócia, Espanha, Estados Unidos e Quênia. Sempre com a mesma estrutura narrativa. Do presente para conhecer o passado de seus ancestrais. A leitura é rápida e envolvente e nos dá uma ideia bem detalhada de como as pessoas viviam nas épocas retratadas. Foi bem interessante, por exemplo, ler sobre como o Cristo Redentor chegou ao Rio de Janeiro no livro que fala sobre Maia. Neste que acabei de ler, o cenário é, principalmente, a Irlanda, país natal de Lucinda. Vou roubar um trecho do seu site que descreve muito bem o contexto abordado:

“Em A irmã desaparecida, concentrei-me na Guerra da Independência e na subsequente Guerra Civil da década de 1920. Os confrontos mais recentes foram o que nós irlandeses chamamos de “os Conflitos” – um atrito que durou trinta anos na Irlanda do Norte, da década de 1960 ao final da década de 1990. Foi uma campanha terrorista continua, travada pelos republicanos e provocada pela crescente frustração sentida pela comunidade católica da Irlanda do Norte. Na batalha dos republicanos contra o Estado, 3.500 pessoas foram mortas e mais alguns milhares foram presos.”

O enredo é a busca pela tal irmã desaparecida, a que nunca foi levada para casa. A partir de alguns documentos encontrados pelo advogado da família, as seis mulheres seguem os rastros que podem levá-las até Mérope, a sétima irmã. A jornada começa na Nova Zelândia, país em que supostamente ela vive. Passa pelo Canadá, Inglaterra e França e, finalmente, Irlanda da década de 20 com a história de Nuala, que sempre lutou pela independência de seu País. Devo confessar que a tal irmã desaparecida me decepcionou um pouco. Gostei muito mais da história de sua avó e achei que o desenrolar de sua vida foi bem fraco. Sem contar a decepção ao ver que não era o desfecho esperado. Digo decepção com euforia, pois sei que vem mais por aí. Espero que o trabalho do filho de Lucinda, Harry Whittaker, responsável por organizar as notas da sua mãe faça jus ao final que a saga merece. RIP, LR.


As sete irmãs (Brasil)

A irmã tempestade (Noruega)

A irmã da sombra (Inglaterra)

A irmã da pérola (Austrália)

A irmã lua (Espanha)

A irmã sol (Quênia)

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

a irmã sol



"Uma coisa que aprendi é que jamais devemos guardar coisas especiais para depois, porque o amanhã pode nunca vir."

Mais um pra conta. É assim que lido com os livros de Lucinda Riley. E "A irmã sol" dá sequência à série das sete irmãs, que venho lendo desde 2015. O enredo é basicamente este: seis irmãs adotadas por um cara muito rico que mora na Suíça. O que ele faz ou pensa são enigmas que nem mesmo as filhas sabem decifrar. Até que morre e deixa algumas pistas sobre a origem de cada uma delas. A partir daí, todas partem para diversas regiões do mundo em busca de suas famílias biológicas. Claro que há viagem ao passado e muitos, muitos lugares-comuns. Ainda assim, eu gosto. Leitura previsível, mas leve e que nos permite acompanhar um pouco da história dos locais pelos quais as irmãs passam. Já teve Brasil, Espanha, Inglaterra, Noruega e Austrália. Desta vez, a história parte de Nova York, local em que nossa protagonista, Electra D'Applièse, foi abandonada, e vai até o Quênia, país que guarda seus ancestrais. Supermodel, ela entra em crise quando o namorado rockstar a abandona. No meio da confusão, recebe uma carta de uma mulher que diz ser sua avó. Mais tarde, descobre tratar-se de uma renomada ativista de direitos humanos. Há ainda uma história de amor não tão romântica, envolvendo uma filha de ricos que deixa a cidade grande para se aventurar com a tia na África. Vale a leitura? Se gostar dos elementos que elenquei, sim. Confira as resenhas anteriores.

As sete irmãs (Brasil)

A irmã tempestade (Noruega)

A irmã da sombra (Inglaterra)

A irmã da pérola (Austrália)

A irmã lua (Espanha)

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

a árvore dos anjos



 “As pessoas que amamos nunca nos deixam.”


E lá fui eu para outro romance de Lucinda Riley. A capa foi o que mais me chamou a atenção: paisagem na neve. E a história começa no País de Gales, em 1985. Volta para 1945, passa por 1956 e termina na década de 80.

Conta a história de Greta, aspirante a atriz que bem jovem acaba engravidando de um norte-americano. Eles eram de fato apaixonados, mas ele não suporta vê-la nua no palco e rompe o relacionamento. Ela fica na mão e é resgatada por David, amigo que também sonha com o sucesso nos palcos e que, secretamente, sempre a amou. Com seu auxílio, Greta vai para a cada dele no País de Gales. Lá conhece James, tio de David, bem mais velho e que também tem lá seus segredos, e num acordo bom para ambos acabam se casando. 

James assume os filhos de Greta (a gravidez era de gêmeos) e logo passa a ter a preferência por um deles, Jonny, ignorando Cheska, a garotinha. Mesmo assim, a família está feliz e seguindo a vida, até que Jonny adoece e morre com apenas três anos. Isso, como é de se esperar, deixa todos transtornados. Mas Owen, o marido de Greta, não suporta a dor e se transforma, tornando-se violento e obcecado, chegando a colocar as roupas do menino em Cheska e conversando com ela como se fosse o menino. Greta foge para Londres e lá outro mundo lhe é apresentado. Ela reencontra David, que agora é famoso, e com sua ajuda consegue inserir a filha no cinema. E ela é um sucesso, deixando a mãe cada vez mais obcecada por torná-la a grande estrela do cinema. A menina cresce e junto os traumas e medos da infância. A mãe ignora os sinais de seus transtornos mentais, o que só agrava o quadro, culminando com um acidente que deixa Greta por mais de 20 anos sem memória. O romance até que começou bem, mas fugiu um pouco do que estava acostumada a ler de Lucinda, que sempre me deixava meio que leve. Este foi perturbador. Enfim, lido. Mas não recomendo.

“Cinco minutos depois, usando botas de cano alto e uma velha jaqueta, saiu caminhando pela neve, inspirando o maravilhoso ar puro e frio. Fez uma pausa, pensando em que rumo tomar, torcendo para que algum instinto a guiasse, e resolveu dar um passeio pelo bosque. Enquanto andava, contemplou o azul do céu uma súbita alegria a invadiu, diante da beleza da cena.”

sábado, 2 de março de 2019

a irmã lua


"- Por que você está otimista? 
- Porque é a nossa única opção."

E termino mais um livro da série das Sete Irmãs, de Lucinda Riley. Não há muito o que dizer, exceto que desta vez fui para Inverness, na Escócia, e Vale Nevado, na Espanha. Eu já estive na Escócia e uma das vistas mais lindas que tive foi nas Terras Altas. Lugar maravilhoso, calmo, frio e aconchegante. E o Vale Nevado será um dos meus próximos destinos. Em "A irmã da lua", acompanhamos as descobertas de Tiggy, a irmã mística, vegana e defensora dos animais. No mais, o enredo é exatamente o mesmo dos demais romances da autora. Voltamos ao passado para descobrir os antepassados da protagonista, há uma história de amor por lá e outra no presente. Sem grandes surpresas. Tiggy descende de ciganos. Acompanhamos suas músicas, danças e crenças, tudo de forma bem estereotipada. A alegria termina com a Guerra Civil Espanhola e os homens de Franco, que invadem as grutas onde os 'gitanos' moram, matando quase todo mundo. A autora inspirou-se na dançarina de flamenco Carmen Amaya para compor sua personagem cigana Lúcia, avó de Tiggy, mulher chata e sem graça. Conseguiu me irritar muito. Há algumas passagens sobrenaturais difíceis de serem digeridas, principalmente por estarem totalmente fora de contexto. Ainda assim, valeu pela viagem. Mais uma vez.


Leia também:

As sete irmãs (Brasil)
A irmã tempestade (Noruega)
A irmã da sombra (Inglaterra)
A irmã da pérola (Austrália)

terça-feira, 12 de junho de 2018

a garota italiana




"Dei-me conta de que podemos amar alguém de todo o coração, mas isso não significa que essa pessoa nos faça bem."


Faz tempo que estava com "A garota italiana" em casa. Mas quando comecei a leitura, deslanchei, como sempre acontece com os livros de Lucinda Riley. 

Rosanna Menici escreve ao filho contando sua obsessiva história de amor. Não chega a ser um romance epistolar. Há apenas algumas cartas que se intercalam com os capítulos narrados ora sob o ponto de vista dela, ora de outros personagens. Ela nasceu em Nápoles e quando criança se sentia o patinho feio da família, principalmente quando comparada com a irmã, admirada por todos por sua beleza. Durante uma festa, quando tinha 11 anos, conhece Roberto Rossini. Com 28 anos, já era um famoso cantor de ópera. Na festa, Rosanna tem seu momento de fama quando pedem que ela cante Ave Maria. Sua voz encanta a todos, inclusive Roberto, que a indica a um renomado professor de música. É o começo de muitos sonhos e estudos. Os anos passam e ela se aperfeiçoa cada vez mais. Contudo, em determinado momento terá que escolher: cantar no teatro que sempre quis ou viver o grande amor da vida. Confesso que fiquei chateada com a escolha. Mas temos que lembrar que Lucinda trata do amor acima de tudo. Desta vez, traz um sentimento que cega e que distancia a pessoa de tudo mais, inclusive colocando a vida do filho em risco. 

Como já disse outras vezes, seus livros não trazem nenhuma reflexão profunda. São bons enquanto duram. Sempre com cenários calmos, tranquilidade. E é isso que me atrai. Dica: leia de barriga cheia. Porque aqui e ali surgem massas, risotos e bate uma fome. Tanto que li alguns capítulos durante as refeições e assim pude ter uma experiência sensorial. Adoro fazer isso e recomendo. Estão tomando chá na história? Faça um. Bebendo vinho? Pegue sua taça? Comendo macarronada? Faça seu próprio prato! Tudo fica mais agradável e nos sentimos no desenrolar dos fatos. Também ouvi algumas das operas que são citadas, como Madame Butterfly, de Puccini, com o mesmo propósito: entrar no livro

Mas tenho duas críticas. A primeira é em relação aos trechos machistas. A mulher de 45 é velha para o moço de 30 e poucos. Inclusive, chega-se a dizer que ela está longe da fertilidade e, por isso, não serve para ele. Absurdo. Ao passo que não há nenhum comentário negativo para o relacionamento do cara de 41 anos com a mocinha de 24. Não sei se essa foi a mensagem que a autora quis passar, refletindo o que se passa na sociedade ou se realmente escreveu por escrever, sem pensar. Infelizmente, não senti nada subliminar. Apenas preconceito mesmo. Lucinda, please! Outro ponto é na escrita. Talvez seja problema de tradução, mas encontrei alguns absurdos como um ‘bebê prematuro de cinco semanas’. Além das pessoas sempre ‘cerrarem o punho’ quando nervosas. Essa repetição enfraquece o texto.

No mais, foi gostoso passar alguns dias em Nápoles e no interior da Inglaterra com Rosanna, sua família e amigos. Última observação, não comprem o livro apenas pela capa, pois a da edição brasileira não tem nada a ver com a história ;-)

"O amor é uma espécie de vício. É preciso suportar um período de abstinência e não se punir por de vez em quando pensar que nunca vai passar."

"Se tem uma coisa que aprendi na vida, foi que ela não é um ensaio. Para nós, mulheres, é mais difícil. Se quisermos ser felizes, precisamos ser mais fortes que os homens."

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

a irmã da pérola




“Sonhava com as noites frias e enevoadas de casa.”

E lá fui eu de mais um livro de Lucinda Riley. Foi o que menos gostei. O que aprecio em seu texto é justamente o ambiente frio e acolhedor. A névoa das paisagens que ela descreve e o friozinho que me faz sentir, mesmo que em pensamento. O que foi impossível com “A irmã da pérola”, quarto volume da série “As sete irmãs”. Nele, temos a história de Ceci. Já a achava meio sem graça antes. Conhecer seu ponto de vista só aumentou minha aversão pela personagem. Para piorar, ela vai para o lugar mais quente da Austrália. Até agora estou sentindo calor.

Essa série fala de seis irmãs suíças que são adotadas por Pa Salt, homem misterioso até mesmo para elas. Embora tenha sido próximo das filhas, ninguém sabe o que faz e como conquistou sua fortuna. Quando morre, deixa uma pista para cada uma delas dizendo de onde vieram. A primeira foi adotada no Rio de Janeiro (outro lugar quente, mas parte dos fatos acontecem na França). A segunda veio da Noruega. A terceira, do interior inglês. Em posse de suas coordenadas, todas partem para descobrir suas origens. A sétima é uma incógnita. Não faz (ainda) parte do time. Vale comentar que todas levam nome de estrelas da Constelação das Plêiades.

Ceci, a quarta irmã, vai para os recantos australianos. Lá descobre que tem sangue aborígene e nos seus ancestrais descobre o amor pela a arte, o que justifica suas próprias aptidões. Não me convenci nem um pouco. Ceci era grudada em Estrela, a terceira irmã. Quando esta parte para a Inglaterra em busca de seu passado, fica completamente desorientada. Proximidade que fazia mal a ambas. A separação permite que Ceci entre em contato com outras pessoas e que encontre outro motivo para viver. Antes de partir para a Austrália, faz uma parada na Indonésia e acaba se envolvendo com um fugitivo. Caso totalmente desnecessário no contexto. Ai, Lucinda! Andou pisando na bola. Na Austrália, ela se depara com relatos sobre seus antepassados: Kitty McBride e os gêmeos Drummond e Andrew. Ela veio da fria Escócia, e a todo momento parece sentir falta do frescor de seu país.
“Enquanto escrevia uma carta para a família, quase podia sentir o ar nebuloso e gelado, e visualizar a enorme árvore de Natal na Princess Street, enfeitada com minúsculas luzes que balançavam e dançavam com a brisa”. Eles vieram da Alemanha. Todos em busca de oportunidades no novo mundo. Kitty veio como dama de companhia da tia dos irmãos, já muito bem estabelecidos e donos de vários negócios, dentre eles o de pérolas. Até que foi gostoso acompanhar a história deles. Mas isso não chegou a salvar o livro. Com exceção de um trecho ou outro, fiquei bem decepcionada. Uma pena.

Trechos


“Kitty voltou ao convés, fascinada com o gado que ainda estava sendo desembarcado. Os animais pareciam magros e desnorteados enquanto desciam aos tropeços pela prancha. – Tão longe dos campos verdes e frescos de casa – sussurrou para si mesma.”

“Tudo está planejado antes mesmo de respirarmos pela primeira vez.”

“Então pensei que não era nunca dos grandes momentos que eu me lembrava; eram sempre as pequenas coisas, escolhidas aleatoriamente por alguma alquimia estranha, que ficavam no meu álbum de fotografias mental.”

segunda-feira, 1 de maio de 2017

a irmã da sombra



Já estou com saudades dos personagens de "A irmã da sombra", terceiro livro da série "As sete irmãs", de Lucinda Riley.

Apenas para relembrar, são seis irmãs (a sétima ainda é um mistério) que foram adotadas em diversas partes do mundo. Seus nomes fazem referência à Constelação das Plêiades. O pai, que ninguém sabe ao certo de onde veio ou o que fazia, morre e deixa pistas a cada uma delas sobre suas origens biológicas. No primeiro livro, Maia desembarca no Brasil e acompanhamos a criação da estátua do Cristo Redentor entre 1922 e 1931. No segundo, Ally vai até a Noruega, com seus fiordes e seus grandes compositores.

O cenário desta vez foi o interior da Inglaterra. Foi delicioso acompanhar as aventuras de Estrela D'Apliése por esses lados. Tirando a ambientação, posso dizer que todos os livros de Lucinda Riley, não só os desta série, são idênticos. Mulheres que vão atrás de suas raízes por várias partes do mundo (Hmm teve um homem em "A Rosa da Meia-Noite").

Estrela é calada e está sempre à sombra de Ceci, a irmã que foi adotada quase que ao mesmo tempo que ela.

A pista que seu pai deixou a leva até uma livraria em Londres e ao seu excêntrico dono, Orlando, colecionador de livros raros. Formal ao extremo, ela se sente ao lado do Chapeleiro Maluco, de "Alice". Aos poucos, ela se envolve com sua família, basicamente uma prima, um sobrinho e um irmão bonitão, Mouse. Adivinhem? Por meio das histórias que eles contam, ela é transportada até 1910 e aos antepassados que podem ser sua família de sangue. Como eu já disse várias vezes, os livros de Lucinda são bons somente no momento em que os estamos lendo. Não nos fazem refletir. No máximo, nos fazem querer conhecer os lugares que descreve. No caso, fiquei morrendo de vontade de visitar a região de Lake District, na Inglaterra. Passatempo gostoso. Para relaxar e viajar.


Lake District, cenário de "A irmã da sombra"

quarta-feira, 16 de março de 2016

a irmã da tempestade


“Alguns segredos realmente deveriam permanecer secretos, não acha, meu bem?”
Nem preciso dizer que “A irmã da Tempestade” é bem previsível. Lucinda Riley sempre dá as pistas exatas do que vai acontecer nas próximas páginas. Pouca ou nenhuma surpresa nos é dada. Contudo, eu ainda gosto dos livros dessa autora. Por quê? Simplesmente porque por meio deles consigo viajar, conhecer lugares que talvez eu nunca vá estar fisicamente. Posso dar um pulo no passado e ter uma pitada de fatos históricos, mesmo que superficialmente. Neste segundo volume da série “As sete irmãs”, ao todo serão sete, eu fui para os fiordes noruegueses e até cheguei a acompanhar a criação, os ensaios e a estreia da peça teatral Peer Gynt, de Edvard Grieg (1843-1907), um dos mais renomados compositores noruegueses. São esses pequenos prazeres que seus livros me proporciona. Sim, eu realmente me transporto durante a leitura. Eu ouvia a voz da cantora que aparece, o som do piano. Cheguei até a sentir os cheiros que eles descrevem.

“Como sempre acontecia, o ar limpo e gelado estava revigorante. Sentada em seu banco favorito, ela ficou olhando para o fiorde e para a água prateada cintilando à luz do dia em que já se esvaía.”
A história segue paralela ao que é narrado no primeiro livro da saga. Também começamos com a morte de Pa Salt, que adotou seis garotas e que deu a elas nomes que remetem à Constelação das Plêiades. Aqui quem narra os fatos é Ally, Alcione, a segunda irmã. Ela é velejadora profissional e está prestes a disputar as eliminatórias para as Olimpíadas de Pequim, em 2008. Em um dos campeonatos que participa conhece Theo, outro velejador. Eles se apaixonam e têm dias de contos de fadas. Até que recebem a notícia da morte do pai de Ally. Pouco depois, outra tragédia vai marcar a vida da moça, que resolve ir atrás de suas origens, lá na Noruega. Por meio de relatos e leituras, ela conhece seus tataravós, importantes músicos. Neste ponto do livro há interações com personagens reais, como Grieg. Há ainda uma passagem pela década de quarenta e a segunda guerra mundial, que traz a vida de seus avós, também músicos. Aliás, todo mundo toca ou compõe na família biológica de Ally, inclusive ela própria, que de uma hora para outra acaba num grande concerto. Extremamente forçado.

O que mais me chamou a atenção, porém, na história foi a relação de Anna, a tataravó, com os animais. Em especial com uma vaca. Antes de tornar-se uma famosa cantora, ela morava nos campos noruegueses e cantava para os bichos. Tinha afeição especial por Rosa, uma da vacas. Quando partiu, sua maior preocupação foi deixá-la, sabendo que dificilmente a veria novamente. Infelizmente, nem Anna nem a autora tocaram mais no assunto. Mas deixo aqui dois trechos muito bonitos:

“Ninguém parecia saber exatamente quantos anos a vaca tinha, mas ela com certeza não era muito mais jovem do que Anna, que tinha 18. Pensar que ela não estaria mais ali para cumprimentá-la com o que gostava de interpretar como uma expressão agradecida nos suaves olhos cor de âmbar deixou os olhos da menina marejados de lágrimas.”

“Anna se levantou quando Rosa enfim alcançou o local onde ela estava. Enquanto acariciava as orelhas sedosas da vaca e em seguida beijava a estrela branca no centro de sua testa, não pôde deixar de reparar nos pelos grisalhos em volta da boca macia e rosada do animal.  – Por favor, esteja aqui no versão que vem – murmurou suavemente ao bicho.”

terça-feira, 21 de julho de 2015

as sete irmãs

Acabei de ler mais um livro de Lucinda Riley. Eu tinha prometido parar por conta do cenário do seu último lançamento: Rio de Janeiro. Não que eu não goste da cidade maravilhosa, mas sempre me encantei por seus livros por trazerem paisagens frias. Achei que Rio 40 graus não iria combinar. Mas ganhei o exemplar de “As sete irmãs” e na mesma hora comecei a leitura. Eis que estava enganada. Rio de Janeiro caiu muito bem nas histórias de época da autora. O livro faz parte de uma super saga que remete à Constelação das Plêiades, que por sua vez homenageia as sete filhas de Pleione e Atlas na mitologia grega. Ao todo serão sete volumes, um para cada irmã do título. 

Maia D'Apliése viaja, por meio de cartas e diálogos, para as terras fluminenses do início do século passado, precisamente na época em que o projeto do Cristo Redentor ganhava força e forma, ao mesmo tempo em que a riqueza do café se evaporava. Misturando personagens fictícios com personalidades reais, como o brasileiro Heitor da Silva Costa e o francês Paulo Landowski, cujos herdeiros ainda disputam a autoria do Cristo, inclui todos os elementos já conhecidos: amor impossível, morte, choro e hora de recomeçar.

Acompanhamos um pouco o processo criativo das primeiras esculturas que levaram ao monumento e os conflitos da sociedade carioca daquela época. Paris também faz uma ponta. Parece, na verdade, uma novela das seis. Bem bonitinho.

Tudo começa, ou termina como é o caso dos livros dela, na Suíça dos dias atuais. Maia e suas cinco irmãs foram adotadas por Pa Salt. Ninguém sabe ao certo em que circunstâncias. Assim como também não sabem por que a sétima ainda não chegou. Mas daí ele morre e deixa pistas para todas sobre suas origens. E cada um dos livros abordará uma delas. Pelo que ouvi, vai demorar uns dez anos até que todos os livros sejam concluídos. No Rio, Maia fica hospedada no mesmo hotel que fiquei há algum tempo. A descrição da autora é perfeita. Foi como reviver um fim de semana passado lá. Enfim, bom para relaxar. Previsível. Mesmo assim, sigo lendo e aguardando o livro 2 ;-)

quinta-feira, 28 de maio de 2015

a rosa da meia-noite


Idem ao post anterior. Mas aqui há algo diferente. Vamos à Índia, até as montanhas de Darjeeling. “A rosa da meia-noite”, de Lucinda Riley (sim, venho de uma maratona de seus livros), é lindo. Até sonhei com a história. Desta vez, foi interessante porque ela nos levou até os palácios dos marajás, das maranis e de toda a ostentação que os envolve. Mas, claro, em se tratando dessa autora, e por já conhecer as etapas de seus romances, desencontros, injustiças e muito melodrama são mais que previsíveis.

O livro começa com os pensamentos da indiana Anahita Chavan, que acaba de completar 100 anos em 2000. Ela aguarda os convidados para a festa que lhe foi preparada: sua filha, netos, bisnetos e todos os agregados. Contudo, a única coisa que realmente poderia lhe fazer feliz seria encontrar o filho dado como morto ainda criança, isso há 80 anos. Mesmo tendo em mãos sua certidão de óbito, ela não acredita que ele tenha morrido, já que não ‘sentiu’ o momento em que ele se foi. Para o resto da família, tudo não passa de uma desculpa que encontrou para superar o fato. Ainda assim, ela escolhe o bisneto mais velho como aquele que vai terminar o que não conseguiu, ou seja, encontrar o filho. É quando entra em cena o indiano boa pinta Ari. Empresário de sucesso da área de TI (rá, nada criativo, hein?), ele é ganancioso e pouco se importa com o diário que a bisavó lhe entrega, contanto cada detalhe de sua vida. Ele só vai se debruçar sobre os papeis dez anos depois. E a história o leva a uma grande propriedade nos confins da Inglaterra. 

Em paralelo, acompanhamos as ida e vindas de Raquel, atriz super badalada de Hollywood que insiste em manter-se como simples e humilde. Cansada do noivo que é o estereótipo de alguém-em-busca-da-fama-custe-o-que-custar, ela viaja para a Inglaterra para estrelar uma grande produção da década de vinte. Enfim, tudo isso faz com que ela conheça a história de Anahita, Ari e um estranho lorde inglês. De todos os livros que li de Riley, este tornou-se o meu favorito, mesmo já sabendo a sequência de tragédias que ela preparou. Contudo, aqui e ali temos algumas surpresas e até um toque de suspense. Boa leitura para as férias, quando tudo o que você quer fazer é descansar. Foi o que fiz.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

a luz através da janela

Não tenho muito a dizer sobre “A luz através da janela”, de Lucinda Riley, além do que eu já disse sobre os demais livros da autora que eu li. O enredo é sempre o mesmo. Neste caso, Emilie é francesa, tem cerca de trinta anos e acabou de perder a mãe. Após o funeral, ela se vê diante do dilema de manter ou não o château da família na bela Provence, já que não aceita muito bem o fato de ser rica. Enquanto pensa no que vai fazer, conhece pessoas que a levam ao passado, especificamente durante a segunda guerra mundial.
Daí conhecemos seus antepassados, os conflitos entre franceses e alemães, histórias de amor sem final feliz, crianças adotadas e espiões disfarçados. Ela também arruma pretendentes e conhece o interior inglês. Já disse e repito: o que vale para mim quando leio esses livros é curtir o exato momento da leitura. Junto com os personagens eu tomo chá, vinho, sinto o vento no rosto e até me imagino nos lugares pelos quais os personagens transitam.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

a garota do penhasco

A garota do penhasco”, de Lucinda Riley, é recheado de clichês e fatos previsíveis. No meio da leitura você pensa: ‘agora vai acontecer isso’ e suas expectativas não são frustradas. Eis o fato ali, nas próximas páginas. Também não traz novidades em relação ao livro anterior da autora que li, “A casa das orquídeas”. O enredo, aliás, é o mesmo. Saímos do presente para o passado e voltamos para fechar um ciclo de várias gerações, que em geral têm amores frustrados, nobres, muita grana envolvida, paisagens lindíssimas do interior inglês ou dos penhascos irlandeses e temperaturas amenas. Escolhi esta leitura para brindar o outono que chegou e deixou para trás o verão insuportável. É sempre gostoso ler algo que nos transporta para lugares que gostaríamos de estar. E eu sempre fui muito envolvida com as paisagens inglesas, escocesas e irlandesas. Poderia viver transitando por esses cenários. Como ler é viajar com a alma, é a alternativa que encontro no momento para me deslocar, o que não deixa de ser uma experiência agradável. 

Enfim,  começamos com Grania que acaba de terminar um relacionamento de muitos anos com Matt após ter um aborto. Isso faz com que ela deixe Manhattan e volte para sua terra natal, a Irlanda, especificamente na Baía de Dunworley. Pensando na vida ao caminhar pelos penhascos, ela encontra a garota do título, Aurora, que é a narradora da história. A partir daí, as duas ficarão muito ligadas, o que nos permitir conhecer a saga que une suas famílias. As mulheres mandam no livro: Mary, Anna, Kathleen, Grania e a própria Aurora. Os homens são apenas coadjuvantes. Chega a ser banal a participação deles ao longo da narração. Todos ‘parados’, esperando uma decisão feminina. Há passagens da primeira guerra mundial, bailarinas russas, criança viajando desacompanhada dos confins da Irlanda até Nova York, desencontros, mal entendidos, injustiças. Lá pelas tantas até pensei que uma das personagens iria pelo mesmo caminho de Sira Quiroga, protagonista do belo “O tempo entre costuras”, de María Dueñas. Mas não. Seu destino era outro, da mesma forma cheio de reviravoltas, mas menos glamoroso.

Alguns poderão achar o final é demasiadamente triste. Mas não vi assim. Considerei um bom desfecho, embora não tão surpreendente ou inimaginável. Daqueles livros que entretêm, mas que logo são esquecidos em seus detalhes. Fica, contudo, a boa sensação do momento em que o estivemos lendo. O que para mim vale. E muito. Tanto que já estou em outra história da mesma autora, desta vez na França. Vou lá preparar mais chá para me acompanhar ;-)

Veja a autora falando sobre o livro. Podemos ter uma ideia da paisagem. Linda, não?

Dunworley, na Irlanda, cenário do livro
















 
Trechos
 
“Estou na fase da vida que todos temem – a de preencher os dias com o passado, porque há pouco futuro pela frente.”

Tudo tem seu equilíbrio natural, e como saberíamos que somos felizes se não passássemos por algumas tristezas de vez em quando? Ou nos sentíssemos saudáveis se nunca ficássemos doentes.”

“Ora, bem, posso dizer que nunca pensei se gostava ou não das pessoas. Elas meio que existem, não é? A gente precisa conviver com elas, não acha?”

“E não tive um pingo de medo. As pessoas, muitas vezes, me perguntam por que dou a impressão de não ter medo.  Aparentemente, isso é o que impede tanta gente de fazer o que precisa fazer para a sua vida ficar melhor. Bem, eu realmente não tenho a resposta, mas, talvez, quando não se tem medo de fantasmas ou, na realidade, da própria morte, que é a pior coisa que pode acontecer a um ser humano, não há muito mais coisas de que sentir medo.”

quinta-feira, 28 de junho de 2012

a casa das orquídeas

A “Casa das Orquídeas”, de Lucinda Riley, me fascinou desde início com a sua lenda da suposta orquídea negra.

Estava a ler sem parar até que, quase no fim, as inúmeras reviravoltas, ora surpreendentes, ora piegas, dos personagens me desanimaram. Mas ainda assim vale a leitura.

Entre taças de vinho ou xícaras de chá, os personagens se sentam na varanda ou diante da lareira, dependendo do clima, e disparam seus segredos. Aliás, milhares deles. Com as mesmas bebidas à mão, eu os acampanho.

Júlia é uma pianista famosa que se isola após o acidente que matou o filho e o marido na França. De volta à Inglaterra, ela se tranca num antigo chalé por meses. Por insistência da irmã, sai do refúgio e revisita a propriedade de nobres ingleses na qual os avós trabalhavam. Júlia adorava passar o tempo ali quando criança, principalmente na estufa que o avô cuidava, com muitas orquídeas e outras plantas exóticas para o frio do hemisfério norte.

Diante das boas lembranças, ela recebe do novo proprietário um diário antigo que faz com que ela se reaproxime da avó. O que não esperava era o emaranhado de revelações que a aguardava. Tudo começa com a história de Harry e Olívia. Ela apaixonada, ele ainda em dúvida sobre sua sexualidade. O casamento, às vésperas da segunda guerra mundial, foi inevitável, bem como suas consequências após o cessar das bombas. Preso por mais de três anos em Singapura, Harry é enviado à Tailândia para se recuperar. E é na distante Bangkok que ele se apaixona pela primeira vez. Nesse momento, começam todas as ligações de sua família com Júlia, reveladas somente sessenta anos depois. Suspiros, muitos suspiros.

“Por fim, ao entender o que acontecera, ela pegou a flor e cheirou seu divino perfume, ponderando sobre o que fazer. Era melhor contar uma verdade para ferir ou uma mentira para proteger?”

E é esse pergunta que todos fazem no decorrer da trama. Claro que a verdade acaba sempre aparecendo. Em alguns casos, porém, quando tudo parece estar superado.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

outono

Após o compromisso que me fez sair de casa mais cedo que de costume, entrei no café da Aliança Francesa. Pedi um chá de laranja com especiarias e madeleines de Proust, que nada mais são que bolinhos com traços de limão. Sentei-me junto à janela e, assim como o autor francês, fui levada a uma sucessão de pensamentos involuntários.

Na verdade, a parada, antes de entrar na empresa em que trabalho, foi um pretexto para a leitura de mais um capítulo de “A Casa das Orquídeas”, de Lucinda Riley. Depois escrevo mais sobre ele. Mas passei por um trecho que me deixou com vontade de continuar lá por mais tempo.

Primeiro porque a combinação do chá com as madeleines estava muito boa. Segundo, e principalmente, porque a manhã estava bem agradável. Céu azul, leves raios de sol e um friozinho convidativo. Clima típico do outono. Cenário perfeito para uma boa leitura. E, de certa forma, parecido com a passagem do romance em minhas mãos.

Lá duas personagens estão na varanda de um castelo a desfrutar do fim da tarde de um verão inglês (que aqui vou comparar ao nosso outono). Tomam vinho rose francês e planejam o próximo dia: “Depois vamos passear pelos jardins e eu vou lhe mostrar a estufa. Pode pegar o livro que quiser na biblioteca. Há uma casa de verão protegida atrás do caramanchão das rosas, à esquerda do jardim murado, onde costumo me sentar para ler.”

Pronto. Bastou ler isso para eu ficar assim. A devanear. Calmamente, olho para a rua e vejo pessoas subindo a calçada apressadas. Os carros disparam buzinas impacientes e o congestionamento de metas se instala. Mas não sou influenciada por esse motim. Será que não estou no lugar certo e nem na hora certa? Tomo o último gole de chá e guardo a madeleine que sobrou. Quem sabe não precise dela mais tarde, quando a quimera se for.

Fez parte dos devaneios