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domingo, 2 de janeiro de 2022

o clube de biscoitos



"Aprendi que, mesmo que você faça tudo como deve ser feito, as coisas podem dar terrivelmente errado; portanto, é melhor fazer o que seu coração mandar."


Comprei este livro pouco depois das festas de fim de ano de 2020 e deixei reservado para ler no natal seguinte. E, confesso, foi pela capa. O ginger bread brilhando me conquistou.

"O clube do biscoito", da norte-americana Ann Pearlman, é narrado em primeira pessoa por Marnie, que há anos organiza o tal clube do título, que se reúne uma vez por ano para trocar biscoitos, receitas e histórias, muitas histórias. Ela começa nos mostrando as regras, dentre as quais: somente doze mulheres podem participar. Nunca, jamais, never podem deixar de comparecer às reuniões, sob pena de perderem seu lugar. Cada uma deve preparar treze dúzias de biscoitos caseiros, sendo que uma para cada participante e a outra a ser doada para alguma instituição de caridade. Na sequência, acompanhamos Marnie com os preparativos para o grande dia. O encontro é sempre em sua casa e é muito gostoso ver o cuidado que ela dedica para receber as amigas, algumas de longas datas. Prepara o ambiente, arruma a árvore de Natal, a mesa com petiscos, abre um vinho, deixa a cama pronta para os inúmeros casacos que serão retirados. Estamos nos Estados Unidos e a temperatura está bem baixa. A sensação é de um ambiente bem aconchegante. Tenho vontade de ir para lá e me juntar ao que está por vir. Paralelamente, ela nos apresenta, por meio de lembranças, sua própria vida, suas filhas, namorado e dilemas. Aos poucos, as convidadas vão chegando, trazendo seus biscoitos, um prato para a noite, seus problemas e resoluções. Da mesma forma, suas histórias nos são contadas. Neste ponto, o livro começa a ficar enfadonho e repetitivo. O ritual consiste em uma rodada na qual todas devem apresentar seus biscoitos (lindamente embalados para presente e as mulheres são bem criativas neste ponto), como foram feitos e o que há por trás das receitas. Como são doze, imagine! Ainda assim, foi uma leitura leve e que me contaminou com o espírito natalino, principalmente por conta da bela amizade entre as personagens. Só não fiquei com vontade de testar as receitas dos biscoitos elaborados, todas muito bem descritas e bem complicadas (no meu entendimento). Mas arrisquei uma receita vegana que vi em outro lugar com minha filha. E foi super divertido! Ah, interessante também ler sobre a origem dos principais ingredientes utilizados, como o açúcar, nozes, alecrim, dentre outros, que abrem cada capítulo :-)

Feliz 2022.