Leonardo diCaprio como Jay Gatsby na mais nova versão cinematográfica do romance de Fitzgerald |
Querer provar algo para alguém, em especial se esta pessoa for fútil, não vai levar você para lugar algum. Deixar sua vida ser conduzida por um amor que você considera insubstituível, tampouco. Nada em excesso pode ser bom. Essas são algumas das lições que temos com a leitura do clássico da literatura norte-americana 'O Grande Gatsby', de Francis Scott Fitzgerald, de 1925. Em destaque novamente por conta da sua quarta versão cinematográfica. No Brasil, a segunda versão para as telas (1949) veio com o nome "Até o céu tem limites". E é essa a conclusão após a leitura.
Jay Gatsby tem trajetória incerta. Ninguém sabe suas origens e como construiu sua riqueza. O que não importa quando se desfruta de suas grandiosas festas. Sempre com muita música e bebida à vontade, mesmo com a Lei Seca em vigor. Aliás, isso é tudo que ele oferece aos convidados e intrusos que frequentam sua mansão. Além de uma biblioteca com livros "absolutamente verdadeiros: com páginas e tudo. Pensei que não seriam mais do que belas caixas de papelão. De fato, são totalmente verdadeiros. Páginas e.. veja! Deixe-me mostrar." O trecho no qual um homem, apelidado de Olhos de Coruja pelo narrador, contempla a biblioteca do anfitrião mostra o quão frívola é a vida daquele que a construiu.
Estamos em Nova York na década de vinte do século passado. A história é em torno do amor obsessivo que Gatsby sente por Daisy, garota riquinha e mimada. Eles se conheceram antes de o rapaz ir combater na Europa durante a primeira grande guerra. Na despedida, fizeram promessas para o futuro. Para ele, um compromisso. Para ela, apenas uma declaração corriqueira. Quando retorna, encontra-a casada com o milionário Tom Buchanan. Para atraí-la vai usar o que ela mais gosta: o dinheiro.
Sua história é contada por Nick Carraway. Ele mora ao lado da mansão de Gabsty. Também é primo de Daisy e vai ser a ponte entre o casal.
Recentemente, um exemplar da primeira edição do livro foi leiloado por US$ 112,5 mil em Nova York. Pois é, apesar de seus quase noventa anos, ainda continua atual. Mais uma prova de que grandes obras são sempre atemporais. E o cinema sempre as acompanha, mas não com a mesma magnificência. Quem leu, dificilmente vai se contentar com o que vê ;-)
Capa desenhada pelo espanhol Francis Cugat. Uma curiosidade desta primeira edição é a grafia de "jay Gatsby" com o "j" em caixa baixa na parte de trás da sobrecapa. Aparentemente, a correção foi feita à mão ou com um carimbo. Confira |
"O senso fundamental de decência é distribuído de forma desigual no nascimento."
"Deve ter percebido que perdera seu bom e velho mundo, pagando um preço alto por viver tanto tempo com um único sonho."
"Sob influência do vestido, sua personalidade tambem sofrera mudanças."
"Por um tempo, as ilusões lhe propiciaram um escape para a imaginação; eram uma alusão satisfatória à irrealidade da realidade, uma promessa de que a rocha do mundo estava assentada numa asa de fada."
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