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sábado, 8 de junho de 2013

o silêncio das montanhas


Quando comecei a ler "O silêncio das montanhas", pensei que não fosse chegar aos pés do best-seller "O caçador de pipas". Mas conforme fui avançando na leitura, percebi que o terceiro romance do médico e escritor afegão Khaled Hosseini superava o primeiro, mesmo com seu estilo melodramático.

Em Persa, Pari significa fada. No livro, ela é a irmãzinha querida de Abdullah. Ambos moram com o pai e a madrasta em uma aldeia de Cabul, no Afeganistão. A narrativa começa com uma fábula contada pelo pai às crianças, anúncio do que estava reservado para eles.

Enquanto o primeiro livro de Hosseini foi marcado pelos maus-tratos e abuso de crianças, este é mais sutil ao tratar da separação. Talvez porque há a expectativa de que algo melhor possa existir longe dos laços familiares originais. Não é o que os personagens irão descobrir e sentir. Provoca menos choro, enfim. Mas o sentimentalismo permanece, bem como os personagens clichês, marcados pelo arrependimento.

O romance lembra as obras de autores indianos, em especial pelo forte apego às raízes. Fala de pessoas que por algum motivo tiveram que sair de seus países, com tradições muito distintas, e que subitamente se viram em outra cultura. Sobressaem-se o ressentimento por seus filhos não aceitarem os costumes antigos, que já não se inserem no novo país, e a eterna nostalgia em relação ao que tinham antes do embarque.

Tudo acontece em torno da separação de Pari e Abdullah. O autor avança e retrocede no tempo, de 1949 até 2010, para  ilustrar as lembranças e desfechos de vários personagens ligados aos protagonistas. Assim conhecemos Nabi, o chofer que, sem perceber, conquista o coração de seu patrão.  A poeta Nila Wahdati, filha de um afegão e de uma francesa. Os primos Idris e Timur, que fugiram do Afeganistão e agora vivem nos Estados Unidos. Adel, que está prestes a descobrir que o pai pode ser um criminoso. O médico grego Markos,  que nos apresenta o capítulo mais marcante, direto de Tinos, na Grécia. E as irmãs Parwana e Masooma, que por conta da inveja enrustida, podem ter sido as responsáveis por todo o sofrimento da história. Os nove capítulos são como contos entrelaçados, ambientados no Afeganistão, Estados Unidos, França e Grécia. Embora o vocabulário seja demasiadamente repetitivo, o livro é envolvente e, claro, emociona.

Aldeia no Afeganistão
 
Trechos

"Somente em Shuja Abdullah via um reflexo de sua dor. O cachorro aparecia na porta da casa todos os dias. Parwana atirava pedras. O pai ameaçava com um bastão. Mas ele continuava voltando."

"Dizem que a gente deve encontrar um propósito na vida e viver este propósito. Mas, às vezes, só depois de termos vivido reconhecemos que a vida teve um propósito, e talvez um que nunca se teve em mente."

"A beleza é uma dádiva imensa e imerecida, distribuída aleatória e estupidamente."

"Esse pequeno vislumbre frágil e bruxuleante de como poderia ter sido entre nós. Só causaria remorso, digo a mim mesmo, e o que há de bom no remorso? Não traz nada de volta. O que perdemos é irrecuperável."


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44 comentários:

  1. Esse livro foi uma decepção para mim...nem parece a mesma pessoa que escreveu o Caçador de Pipas e A cidade do sol.

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    1. Oi, Dea! De fato, o livro é bem diferente dos anteriores. Escrita mais fragmentada e várias histórias intercaladas. Não carrega a emoção presente, principalmente, no primeiro livro. Obrigada por partilhar sua percepção. Abraços!

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    2. Concordo plenamente também...Ruim demais, o excesso de personagens e suas histórias torna o livro enjoativo

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    3. Quando comprei o livro, comprei-o baseado no sucesso e reputação do autor. Mas, este livro, pra mim, esta muito enfadonho. Não consegui entrar na trama. Já passei de cem páginas e não me dá vontade de voltar ao livro. Pena!!!

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    4. Amei o livro!!! emocionante, muito forte, muito proximo da realidade, me identifiquei demais com esse trecho:
      Dizem que a gente deve encontrar um propósito na vida e viver este propósito. Mas, às vezes, só depois de termos vivido reconhecemos que a vida teve um propósito, e talvez um que nunca se teve em mente."

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  2. Achei o livro bem interessante, pois eu ficava imaginando qual seria a ligação entre os personagens.

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    1. Eu também, mas na verdade depois de ler os capitulos me dava a sensação de ter lido contos, pois o próximo não dava ligação ao anterior, estava esperando um fim para Amra e Roshi, ligado a Pari e Nila já que Nila e Roshi foram escritoras, imaginei que a Thalia também tivesse alguma ligação com Pari, e que Idris e Timur seriam a peça chave para o encontro a tempo de Abdulah com Pari, e que Nabi ainda encontraria Nila. aaaaaaa fiquei triste pois nada disso aconteceu, foram somente histórias isoladas, cujo a de Iqbal, para mim foi a que esteve mais próxima a Abdulah e Pari, mesmo assim sem um desfecho e ligação concreta. Deixou a desejar, onde fica para mim sendo A cidade do Sol a mais emocionante e história completa ( quero dizer que todos tiveram fim)

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  3. Eu gostei muito do livro. Acho que cada um conta um aspecto do mesmo Afeganistão, caracteriza um povo marcado por tragédia, cada uma a seu modo. Achei uma tragédia diferente da do Caçador de Pipas mas tão bonita quanto. E o estilo da narrativa é diferente também, mas gostei dela fragmentada

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  4. Também gostei muito do livro , me emocionei bastante principalmente com o reencontro dos irmãos, mostrou uma tragédia e um sofrimento diferente dos outros livros do autor , mas com a mesma intensidade e maneira de me tocar.

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  5. Não gostei do livro, não gostei do tradutor também. Não me passou emoção nenhuma, exceto o primeiro capítulo. Vamos esperar o próximo livro de Khaled Hosseini. Grande abraço

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    1. Concordo com você, não gostei do livro e tradução é bem ruim mesmo.

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  6. Que história, realmente bem enrolada. Também ficava imaginando qual seria a ligação entre os personagens.Quanto sofrimento há nesse mundão, onde nem tudo o que parece é...dris e Timur. Nosso fardo às vezes parece pesado demais, até que encontramos...Massoma; Roshi; Thalia. A vida passa tão rápido.
    Eu cito:
    "Mas o tempo é como um encantamento. A gente nunca tem quanto imagina".

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  7. Adorei os dois primeiros livros do Khaled Rosseini, mas a obra O silêncio da montanha, embora possua um entrelaçamento de várias histórias, não empolga como os anteriores. Penso que, por diversas vezes, o autor se prende a detalhes totalmente desinteressantes e que não interferem na história principal. Mas vale a leitura.

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  8. Eu gostei, também achei que ele se perdeu um pouco em histórias entrelaçadas que se enforcaram um pouco, porém o livro é sempre forte em carga emocional e lembra sim o estilo do Khaled sentimos o tempo todo que é o mesmo autor de 'O caçador de pipas' e 'Cidade de Sol', mais a leitura compensa cada minuto gasto e ele é um contador de histórias fantástico, porém nesse final (do livro 'O silêncio das montanhas') ele mostrou como um autor pode ser cruel...dando como consequência da doença de Abdullah a confusão da memória e o esquecimento...Khaled foi cruel demais...vixe nossa!!!!O esperado encontro no final de fato não aconteceu...Mais chorei muito e adorei o livro!!!! - Priya Drsti

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  9. O livro é riquíssimo de detalhes assim como os primeiros.Nos coloca na atmosfera afegã e novamente vem recheado de histórias comoventes. Porém, nessa leitura, não senti a mesma emoção do Caçador de pipas e Cidade do sol. Essa fragmentação de histórias que no terminam sem um devido final fez com a leitura fosse desmotivante. Não gostei.

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  10. Olá, Kátia.

    Terminei de ler o livro há minutos, e, como faço sempre, procurei no Google por alguma resenha ou blog com comentários e reflexões sobre o livro, para continuar envolvido com o livro por mais algum tempo e, assim, estender o prazer de tê-lo lido.

    Geralmente essa minha procura fracassa. Uma vez até iniciei um blog para produzir um pouco desse tipo de conteúdo que sempre procuro e nunca acho, mas acabei perdendo a motivação por alguma razão.

    Por isso, foi com muita satisfação que encontrei o seu blog e li esse post. Gostaria de sempre encontrar um texto assim sobre os livros que acabo de ler. Me deu até vontade de tentar mais uma vez fazer esse meu blog que quase existiu.

    Agora divido meus comentários sobre o livro.

    Minha aproximação do livro foi parecidíssima com a sua. Comecei a leitura crente de que o livro seria bom, mas nada como O Caçador de Pipas. Assim como "A Cidade do Sol" já não havia sido. Mas, para a minha surpresa, percebo que o livro é muito melhor.

    A presença do melodrama não me incomodou. Até onde sei, o autor tem envolvimento relevante em programas voluntários de socorro a vítimas de conflitos no Oriente Médio, e imagino que suas histórias são inspiradas em suas experiências com essas pessoas. Suponho, então, que ele divide nos livros as reflexões sobre suas vivências mais relevantes. Por isso, embora concorde que há muitos livros por aí sobre esses sofrimentos e dramas, não vejo o livro do Khaled como uma repetição ou um clichê. O que ele nos oferece humildemente é a sua perspectiva. E os fatos de haver tanta escrita sobre o assunto, e os problemas tratados continuarem existindo, só escancaram nossa insensibilidade diante deles.

    Fiquei feliz de ver que você avaliou o capítulo sobre o Markos como o mais marcante. Esse foi o capítulo de que gostei menos e achei mais artificial. Mas sua avaliação positiva me faz acreditar que deve ser apenas uma questão de falta de identificação minha com a história, ou com o estilo da redação , ou mesmo uma falha minha em perceber o valor do capítulo.

    Vou discordar com um dos comentários que apareceram em resposta ao post, de que o final foi cruel. Eu acredito que se dois irmãos houvessem sido separados como aconteceu nessa história, o mais provável é que nunca mais se vissem. Um reencontro absolutamente feliz soaria forçado. Da forma como aconteceu no livro, ficou mais crível: o encontro aconteceu, mas não da forma que a maioria de nós idealizaria. Mas, ainda assim, foi um privilégio.

    Quando Pari encontrou a lata com penas e não entendeu seu significado, lembrei-me de imediato de “A Cidade do Sol”, onde o autor criou uma situação muito parecida: uma das duas amigas encontrando uma caixa com um filme do Pinóquio, e não entendendo do que poderia se tratar, sendo que havia uma história comovente por trás do gesto de quem guardou o filme na caixa.

    Kátia, mais uma vez, obrigado por produzir esse conteúdo tão interessante. Foi uma satisfação lê-lo. Torço para que você continue.

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    1. Olá!! Muito obrigada pelo comentário e pela valiosa contribuição ao falar sobre o autor e o livro. E volte com a ideia de ter seu blog. É uma delícia :-)

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    2. Pronto, voltei com o blog!

      http://livroseretalhos.blogspot.co.uk/

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    3. Interessantes contrapontos! Também acabei de ler o livro há minutos.
      Pra mim a história mais sensacional que Hosseini contou foi Cidade do Sol - acredito que isso tem mais a ver com o quanto nos identificamos e ficamos tocados com a história, pois todos os 3 livros desse autor são excelentes!
      Amei o silêncio das montanhas, achei que a forma ousada de contar a narrativa foi linda e mostra como é o destino, pessoas se cruzando, protagonistas de suas próprias histórias, sendo coadjuvantes de uma outra. Realmente fantástico!
      Deixo aqui o meu registro, concordando com o leitor acima, de que a parte de Markus, embora linda, foi a que menos senti conexão com o enredo principal (aliás, teria um enredo principal?).
      Enfim, essas séries de questionamentos, muitas vezes sem respostas, que nos fazem pensar - procurar blogs com opiniões de outros leitores! - e, no meu caso, apaixonar-se por uma cultura e pessoas que só existem em um papel, me fazem AMAR Khaled Hosseini e esperar ansiosamente pela próxima história que ele vai contar.
      Marcela.

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  11. De nada, colega. Foi um prazer.

    Enquanto não volto para o meu blog, tomo a liberdade de abusar mais um pouquinho do seu para falar mais um pouco do livro!

    Reparou como o personagem Idris se parece com o protagonista de "O Caçador de Pipas"? Ambos prejudicaram uma criança de quem gostavam muito, como resultado de uma mistura de inércia e egoísmo, e conviveram por tempo relevante com o remorso; moram em San Francisco; e são descritos como homens sensíveis e delicados, contrastando com personagens brutos, que invejam e com quem convivem muito (Timur em "O Silêncio das Montanhas", o pai de Amir em "O Caçador de Pipas.")

    Vou além. Suspeito que ambos os personagens possam ser o próprio autor. O Amir era escritor, como Khaled. E o Idris é médico, como Khaled.

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  12. Pra terminar, divido alguns dos trechos de que mais gostei:

    “Quando os sapatos se desfizeram, ele os amarrou aos pés com cordas, e, quando as cordas arrebentaram, ele continuou em frente com os pés descalços.”

    “Para ter coragem, é preciso haver algo em risco. Eu vim sem nada a perder.”

    “Vale a pena ter certo grau de humildade e caridade quando se julga o funcionamento interno do coração de outra pessoa.”

    “Sentiu-se furiosa consigo mesma pela própria estupidez. Abrir-se dessa forma, voluntariamente, para uma vida de angústias e sem base, contra enormes probabilidades, de que um mundo que não controlamos não nos tire a única coisa que não podemos perder.”

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  13. Estava ansioso há anos pelo próximo livro de Hosseini. Adorei "O Caçador de Pipas" e "Cidade do Sol", e esse livro acabou sendo uma decepção. Não só por uma inevitável comparação com as obras anteriores, mas também porque, conforme eu ia lendo-o, fui ficando maravilhado e imaginando algumas coisas para o final que realmente fariam do livro uma obra excepcional!
    Mas, no final das contas, o autor meio que "se perdeu", realmente. Houve muitas histórias totalmente desnecessárias, que só me fizeram fundir a cabeça... Casos, por exemplo, do próprio Adel e dos primos, Idris e Timur. Relatos que não agregaram em nada...
    Além disso, também foi uma decepção pra mim porque o livro foi um dos mais bem escritos que já li. A maneira como Khaled fez as transições de tempo, com personagens diferentes, foi fantástica! Mas realmente o final deixou muito a desejar...parece uma história inacabada, infelizmente!
    Vamos aguardar a próxima obra... Com certeza irei lê-la!
    Abs

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    1. Concordo em gênero, número e grau com você Couto. O livro gerou uma expectativa muito grande sobre o aguardado reencontro e não foi o que se viu. Ao final acabou se tornando cansativo a tal ponto que apliquei leitura dinâmica para acabá-lo logo. Também achei exageradas algumas descrições de males acometidos.

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    2. Realmente, muitas histórias desnecessárias que só confundiram e criaram expectativas...

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  14. O PIOR LIVRO QUE JA LI NA VIDA, ESSE NAO QUERO NEM COMO APOIO DE PORTA, JANELA OU COISA PARECIDA

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  15. O PIOR LIVRO QUE JA LI NA VIDA, ESSE NAO QUERO NEM COMO APOIO DE PORTA, JANELA OU COISA PARECIDA

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  16. Achei o livro perfeito, não ficou devendo nada ao caçador de pipas, embora acho burrice comparar uma obra literária com a outra..O autor soube fragmentar as estórias, não se perdendo em nenhum momento no conto.. E quem entendeu a dinâmica vai achar o livre simplesmente esplêndido. Virou um dos meus favoritos

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. O que percebi, ao contrario das fracas e decepcionante criticas que andei lendo é que enquanto os criticos se ocupavam de reparar em detalhes que classificaram como "melodrama", o que eu vi na realidade era não uma estoria de personagens afegãos, gregos...americanos ...mas todos estes personagens na verdade eram um só...um apanhado de situações onde o autor criava um envolvimento no qual o leitor embarcava e aplicava sobre eles os seus proprios juizos..oras em acordo, oras contra...mas o personagem de verdade de toda trama era : o caráter de cada um de nós.

    Nosso modo de agir e pensar foi posto a prova em todos os capitulos. Não importa o nome ou o país onde o capitulo se desenrolava...era sempre o EGO quem estava atuando. Isso pra mim foi um aspecto dificil e interessante ao mesmo tempo por que ninguém gosta der se ver como realmente é ...mas... todos nós somos humanos e portanto sujeitos a todo tipo de desvio na conduta ética que "aprendemos" ( eu particularmente acredito que tive uma excelente educação, para os padroes gerais o que me faz pensar que isso permite que se sobreviva em relativa estabilidade pela vida afora).
    Penso que os criticos precisam ser criticados...na verdade acabei por fazer isso agora. As críticas do livro tem sido fracas, não foram capazes de absorver a mensagem principal e a razão de ser da estória. ADOREI o LIVRO. Criativa a forma de construção, falando da trama indiretamente forçando o leitor a entrar na vida do personagem da vez...e sentir através dele na ótica dele, na situação particular em que o autor o coloca. Valeu...

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    1. Nossa! Gostei muito das suas observações :-)

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    2. Perfeita sua observação Aninha.

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Você é da área da psicologia? Se for, entendi sua "crítica" se não for, tem talento para isso. Mas, desculpe-me... acredito que livros causam impressões nas pessoas e com este não foi diferente. Quando alguém diz que "detestou" o livro, entendo que não embarcou na proposta do autor. Não achei o livro melodramático como alguns apontam. Achei enfadonho mesmo, cansativo. Raros momentos em que me despertou o interesse. Mas, nem por isso desabonaria outra pessoa de ler e até emprestaria o livro por achar que cada um sente e fala aquilo em que a leitura envolveu.

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  19. Eu terminei de ler o livro nesse momento, o que posso dizer é que detestei!!! Ja havia lido O caçador de pipas e Cidade do sol e amei, quando vi esse novo livro na livraria nem pensei duas vezes e comprei na hora!! muito decepcionada... Não entendi o pq de contar tão longamente tantas histórias que não tinham uma ligação direta com os personagens principais, muitos personagens soltos sem um verdadeiro fundamento de o pq estava sendo narrada suas histórias, os dois irmãos do início do livro ficam esquecidos só voltando a se referir a eles quase no final do livro...enfim não gostei e achei que gastei dinheiro e tempo com esse livro.

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  20. Oi adorei sua resenha...mas vc já leu o livro reverso escrito pelo autor Darlei... se trata de um livro arrebatador...ele coloca em cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos.....e ainda inverte de forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos; Além de revelar verdades sobre Jesus jamais mencionados na história.....acesse o link da livraria cultura e digite reverso...a capa do livro é linda ela traz o universo de fundo..abraços.

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  21. Achei o livro enfadonho e muito cansativo. Raros momentos de envolvimento na narrativa. Quando terminei de ler foi um alívio. Pena! Esperava um livro mais emocionante ao exemplo dos anteriores.

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  22. Olá, gostei tanto do livro que li duas vezes para reter e entender melhor a riqueza das relações que para mim foi propósito do livro, a trama em si é o de menos (geralmente é o que as pessoas mais buscam em um livro). Achei sensível e delicado.
    Abraço.

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  23. O livro me emocionou e me fez refletir muito. E sobre inúmeras questões. Por que teria que ser igual aos outros? Clichê pra mim seria repetir a mesma fórmula em todas as obras. Ser narrado de maneira diferente dos outros dois livros me fez tirar o chapéu ainda com mais entusiasmo para esse autor. Genial.

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  24. Amei a leitura, cada personagem, cada história pessoal, cada revelação.Sabe a questão dá finitude, do tempo, do bem e do mal inerente ao ser humano? O autor aborda realisticamente. Verdadeiramente amei.

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  25. Achei incrível esta forma diferente de narrar uma estória, diferente das narrativas convencionais.
    A estória do Nabi foi a que me chamou mais atenção, até porque ela foi o desenvolvimento e a ligação de todos os personagens.
    Mas a do Adel me fez refletir bastante, na vida encontramos muitas pessoas como ele, que "lutam" contra o sistema, contra as injustiças, mas quando esbarram no que mantém a zona de conforto deles, logo se faz às cegas.
    Ele ficou estarrecido com a situação do amigo dele, e entristecido pela hipótese do pai ser um criminoso, logo ele que era seu porto seguro, um homem que era elogiado por todos, que era generoso, ajudava a todos...
    Mas no final, se mostra um homem que só tinha interesses próprios.
    Adel descobriu a verdadeira face do pai, ficou revoltado, mas ao deparar com todo o conforto que aquela situação lhe dava, se omitiu e preferiu compactuar com as obras paterna.

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