"Como pode esperar que seus filhos sonhem em chegar às estrelas se não podem erguer a cabeça e olhar para elas?"
Para entrar no clima do Halloween, data que gosto de celebrar, escolhi “A caixa de pássaros”, de Josh Malerman.
É um suspense. Fala de ‘criaturas’ que, intencionalmente ou não, enlouquecem as pessoas que olham para elas. A loucura é tanta que todos acabam se suicidando de formas bem tenebrosas. Isso quando também não agridem e matam quem estiver por perto.
Aos poucos, os que sobrevivem percebem que para os acidentes acontecerem basta uma simples e rápida visão para esses seres. O resultado é que as casas são lacradas e todos passam a circular pelas ruas de olhos bem fechados.
É um suspense. Fala de ‘criaturas’ que, intencionalmente ou não, enlouquecem as pessoas que olham para elas. A loucura é tanta que todos acabam se suicidando de formas bem tenebrosas. Isso quando também não agridem e matam quem estiver por perto.
Aos poucos, os que sobrevivem percebem que para os acidentes acontecerem basta uma simples e rápida visão para esses seres. O resultado é que as casas são lacradas e todos passam a circular pelas ruas de olhos bem fechados.
E assim surgem grupos que vão tentar sobreviver nesse cenário apocalíptico. Entre eles o liderado por Tony, que recebe a protagonista da história, Malorie, que está grávida. É sob seu ponto de vista que acompanhamos a história. Estou até agora imaginando como ela conseguiu fazer tudo o que fez. Penso até em coisas básicas, como higiene pessoal, alimentação, um mínimo de entretenimento para os filhos (sim, serão dois, de modo inesperado).
Em determinados momentos, lembrou-me “Ensaio sobre a cegueira”, de José Saramago. Claro que não vou comparar os dois livros. Foi apenas uma associação que fiz com o caos instalado, e como o ser humano rapidamente se adapta à situação e cria conflitos mesmo quando tenta se salvar.
Não fica claro, porém, por que essas ‘criaturas’ não conseguem ultrapassar paredes ou portas. Mas tudo é fantasia, afinal. O fato é que prendeu muito a minha atenção. É tenso. Tem animais. Tem crianças (imagino direitinho a expressão delas a cada chamado da mãe). Como sempre, os momentos mais difíceis foram aqueles em que os bichos são sacrificados para ajudar os humanos. Ai, tem o cachorrinho Victor, que dor! E os pássaros do título que, aliás, nem precisavam estar lá. Sonhando com um mundo diferente. Quem sabe a ficção nos ajude a mostrar o caminho. Gostei da leitura e recomendo. Vai virar filme no Netflix.