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domingo, 22 de dezembro de 2024

casamento em dezembro


"Sentiu uma dor bem lá no fundo. Por um momento, imaginou uma vida diferente. Uma vida equilibrada e variada. Em vez de voltar para casa morta de exaustão, sem nada a oferecer, voltar para casa para alguém que se importava com ela."

Casamento em dezembro, da britânica Sarah Morgan, reúne tudo o que se espera de um romance natalino: paisagens cobertas de neve, lareira acesa, família reunida em uma cabana e reconciliações.

Maggie tem duas filhas e vive para a família, em uma casa no interior da Inglaterra, cercada por campos verdes e paisagens tranquilas. Sua época favorita do ano é o Natal, com tudo o que ele representa. Ela decora a casa com cuidado, prepara inúmeros pratos e guarda com carinho os enfeites que as meninas fizeram quando ainda eram crianças.

Mas, desta vez, tudo será diferente.

Seu casamento está praticamente acabado, embora ela e o marido ainda não tenham contado a ninguém. E, para completar, Maggie recebe uma ligação inesperada da filha caçula, Rosie, dizendo que decidiu se casar na véspera de Natal. Com um noivo que a família nem conhece. A notícia vira o centro da apreensão. Para piorar, a cerimônia será do outro lado do oceano, no Colorado, Estados Unidos.

Rosie sempre foi a filha mais frágil, com problemas de saúde desde pequena. Isso fez com que Katie, a mais velha, crescesse com um senso enorme de responsabilidade e acabasse escolhendo a medicina como profissão. Ela também estará presente neste Natal atípico, embora chegue esgotada, emocionalmente distante e pouco disposta a comemorar qualquer coisa. Sua principal motivação, na verdade, é tentar convencer a irmã a desistir da ideia repentina de casamento.

A narrativa alterna os pontos de vista entre as três mulheres. Vemos Maggie tentando manter a tradição, mesmo quando tudo ao redor parece desmoronar; Katie lidando com um trauma recente e fechada para qualquer tipo de emoção; e Rosie, determinada a mostrar que sua decisão é legítima e que Dan é, sim, o amor da sua vida.

Como era de esperar, a história às vezes se apoia em clichês. Algumas falas soam ensaiadas e certas atitudes são um tanto exageradas.

Ainda assim, Casamento em dezembro tem seus momentos. Pode ser uma boa pedida para quem busca uma leitura leve, com clima natalino e final feliz.

"Algumas pessoas tinham grandes sonhos e objetivos, mas Maggie apreciava as coisas pequenas. Os primeiros brotos na macieira, o raspar suave do lápis no papel enquanto Katie fazia o dever de casa na mesa da cozinha, o cheiro de roupa recém-lavada, a alegria da primeira xícara de café do dia e o puro prazer de um livro que a transportava para outra vida e outro lugar."

sábado, 27 de junho de 2020

simplesmente nova york




"Certamente não existe saudação mais animadora do que um rabinho balançando. Expressa tantas coisas. Amor, carinho e reconhecimento incondicional."

O livro tem cachorro. Ou melhor, dois. E são eles as únicas coisas boas deste romance. Eu deveria estar totalmente aérea para ter seguido com a leitura. Realmente, estava rsrs. Enfim, livros que trazem Nova York tendem a me atrair. Reflexo de SATC e Woody Allen.

Tenho queda por narrativas que se passam nesta cidade que nunca estive. Mas que está presente em filmes, séries e no imaginário que criei sobre outono no parque. Enfim, é justamente no parque que os protagonistas se conhecem. E como são enfadonhos! Ela é uma blogueira famosa. Ele é um advogado super requisitado que cuida de divórcios. Os dois se acham, cada um de um jeito. E procuram disfarçar o egocentrismo passeando com seus cachorros no Central Park. Tudo bem que o amor dela pelo pet é verdadeiro, mas ainda assim é difícil engolir seus problemas, que fizeram com que ela deixasse a Inglaterra. Quando descobrimos quais são, pensamos: Oi? Ele se considera a última bolacha do pacote. E emprestou um cachorro da irmã para ver se conseguia um encontro com alguém no parque. Deu certo. E é isso. O lado bom é que os cachorros não morrem, não sofrem (okay, um deles fica doente, mas logo se cura, ufaaaa) e todos ficam felizes. Leitura para quem não quer esquentar a cabeça. Mas ainda assim, não recomendo. Leiam P.S. de Paris no lugar.