"Pode dentro as pessoas eram frágeis. Todas se escondendo, construindo máscaras para se proteger."
Mais um livro que li e que traz como cenário Brighton, cidade litorânea da Inglaterra. Sempre que me deparo com ela me dá uma baita nostalgia dos dias que lá estive. O lugar é incrível e merece sempre ser revisitado, nem que seja por meio da literatura. Ao contrário de “Em casa para o Natal”, no qual a protagonista havia crescido neste local, em “A casa dos novos começos”, de Lucy Diamond, as três protagonistas são forasteira e encontram em Brighton a esperança para dias melhores. E a casa em questão é um pequeno prédio no qual todas vão se encontrar.
O romance começa com Kate, que para mim tem a história mais triste das três e é a única que realmente precisa de muito amparo. Ela quer fugir de toda e qualquer lembrança da terrível perda que teve. Acaba encontrando um emprego em Brighton, onde ninguém a conhece e, por isso, consegue passar a maior parte do tempo isolada com seus próprios pensamentos. Contudo, acaba conhecendo Margot, uma idosa francesa que lhe mostra que, independentemente de qualquer coisa, a vida continua. Se bem que no caso de Kate é bem difícil. Eu não saberia lidar com o que ela passou.
Temos, então, Rosa, que é publicitária, bem-sucedida profissionalmente, mas que se envolve, sem saber, com um homem casado. Desesperada, larga tudo e tenta outra vida como cozinheira. No início, tudo parece complicado e ela pensa em desistir, mas as coisas saem melhor que o esperado e ela acaba se realizando. Ops, spoiler. Mas desculpem, o livro não tem suspense.
Por fim, há Georgie, a mais nova das três. Ela se muda com o namorado que recebeu uma super proposta de emprego. Sente-se perdida e deslocada, mas logo encontra seus próprios motivos para amar Brighton, inclusive outra profissão e uma causa para lutar. É isso. Leitura gostosa, rápida. Boa para ser lida durante uma viagem. Serve também para quem busca consolo ou algumas palavras de conforto. De quebra, a possibilidade de viajar por esta encantadora cidade. Quem sabe a leitura não seja o começo de uma viagem real.