Sabe quando você precisa de um livro para relaxar? Algo que não seja profundo, mas que lhe deixe com um sorriso nos lábios? Ou mesmo uma leitura rápida, uma distração durante uma viagem? “Paris para um”, de Jojo Moyes é uma boa pedida. Ele traz dez contos deliciosos. O primeiro, que dá título ao livro, é sobre uma jovem inglesa que combina uma viagem à Paris com o namorado. Só que ele não vai e ela acaba tendo que passar o fim de semana sozinha na capital francesa. O que parecia ser uma tragédia acabou sendo a melhor coisa que poderia ter lhe acontecido. Situação parecida acontece no último conto, também em Paris. Durante a lua de mel, a protagonista vaga sozinha pela cidade, pois o marido tem que resolver assuntos importantes do trabalho. Gostei, sobretudo, de “Entre os tuítes”. Nessa história, um apresentador de TV em decadência é alvo de vários insultos na rede social por parte de uma mulher que diz ser sua amante. O desfecho é hilário e mostra que todos têm lá sua culpa. “A lista de Natal” é bom para aqueles que pensam em largar tudo e começar uma nova vida. Sobrecarrega com as tarefas dadas pelo marido, a mulher surta e é ajudada por um motorista de táxi a tomar a decisão que vem adiando há tempos. “O casaco do ano passado” fala sobre a crise financeira e as aparências que precisam ser mantidas. “Treze dias com John C.” é o mais engraçado. Mulher acha um celular na rua e acaba respondendo as mensagens que chegam nele. Isso a leva a uma grande cilada. Os demais contos são mais fracos, mas mesmo assim sempre com alguma pegada divertida. Em comum, trazem mulheres insatisfeitas com o casamento, com o corpo ou com o estilo. Com exceção de “Assalto”, no qual a mocinha se apaixona pelo ladrão. Ai, ai, ai. Leiam sem medo de ser feliz.
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sexta-feira, 10 de março de 2017
domingo, 20 de janeiro de 2013
a última carta de amor
“Nunca deixe de dar um recado a alguém. Por mais que você acredite que aquilo vai fazer mal ao destinatário.” Esta foi a lição – se é que podemos tirar alguma lição – do livro 'A última carta de amor', de Jojo Moyes.
Ellie é jornalista. Trabalha num grande jornal e há um ano namora John, que é casado e aparentemente não tem a intenção de deixar a esposa. Mas para ela isso não é tão óbvio. Apesar de seus 32 anos, fica a buscar significado em cada palavra vaga que ele lhe envia pelo celular. Mas a perdoamos. Afinal, qual mulher ansiosa não faz isso quando está apaixonada? Ocorre que essa obsessão a prejudica no trabalho. A chefe já está de olho em sua baixa produtividade e olhares perdidos. Situação péssima para quem sempre ambicionou grande carreira profissional.
O jornal vai mudar de sede e ela ganha da chefe a missão de fazer um artigo a partir dos arquivos antigos. É a chance de melhorar sua imagem. Ainda aérea e de olho no celular, desce até o porão atrás de tema para a reportagem. É quando encontra uma carta de 1960, quarenta anos antes.
"Meu querido e único amor,
Eu falei a sério. Cheguei à conclusão de que o único caminho é um de nós tomar uma decisão ousada.
Não sou tão forte quanto você. Quando a conheci, achei que fosse uma coisinha frágil, alguém que precisava proteger. Agora percebo que me enganei. Você é a forte de nós dois, a que é capaz de suportar conviver com a possibilidade de um amor como este, e com o fato de que ele jamais nos será permitido."
Curiosa e se identificando com o adultério evidente na missiva, ela investiga a história e conhece Jeniffer. Na época, casada com rico empresário. Levava a vida - talvez podemos dizer assim - de 'dondoca'. Até que aparece Anthony, jornalista aventureiro que a seduz. A partir daí, surgem os dilemas de quem tem muito a perder, caso resolva se entregar a esse grande amor. No meio de tudo isso, ainda tem que lidar com a amnésia por causa de um acidente de trânsito.
Literatura água com açúcar. Mas superado o melodrama desnecessário da primeira metade, o livro até que se torna empolgante. E quase justifica a chamada da capa colocada a partir do comentário do Stylist: "impossível de largar".
"Não quero saber o que está acontecendo na sua vida, Ellie. Não quero saber se tem problemas pessoais, se alguém próximo a você morreu, se está atolada em dívidas. Nem quero saber se você está com uma doença grave. Só quero que faça o trabalho para o qual é paga. Você já deve saber a essa altura que os jornais não perdoam. Se você não entregar as matérias, a gente não consegue os anúncios nem, aliás, a tiragem em circulação. Se não conseguirmos essas coisas, estamos todos no olho da rua, uns mais cedo que outros. Estou me fazendo entender?"
Ellie é jornalista. Trabalha num grande jornal e há um ano namora John, que é casado e aparentemente não tem a intenção de deixar a esposa. Mas para ela isso não é tão óbvio. Apesar de seus 32 anos, fica a buscar significado em cada palavra vaga que ele lhe envia pelo celular. Mas a perdoamos. Afinal, qual mulher ansiosa não faz isso quando está apaixonada? Ocorre que essa obsessão a prejudica no trabalho. A chefe já está de olho em sua baixa produtividade e olhares perdidos. Situação péssima para quem sempre ambicionou grande carreira profissional.
O jornal vai mudar de sede e ela ganha da chefe a missão de fazer um artigo a partir dos arquivos antigos. É a chance de melhorar sua imagem. Ainda aérea e de olho no celular, desce até o porão atrás de tema para a reportagem. É quando encontra uma carta de 1960, quarenta anos antes.
"Meu querido e único amor,
Eu falei a sério. Cheguei à conclusão de que o único caminho é um de nós tomar uma decisão ousada.
Não sou tão forte quanto você. Quando a conheci, achei que fosse uma coisinha frágil, alguém que precisava proteger. Agora percebo que me enganei. Você é a forte de nós dois, a que é capaz de suportar conviver com a possibilidade de um amor como este, e com o fato de que ele jamais nos será permitido."
Curiosa e se identificando com o adultério evidente na missiva, ela investiga a história e conhece Jeniffer. Na época, casada com rico empresário. Levava a vida - talvez podemos dizer assim - de 'dondoca'. Até que aparece Anthony, jornalista aventureiro que a seduz. A partir daí, surgem os dilemas de quem tem muito a perder, caso resolva se entregar a esse grande amor. No meio de tudo isso, ainda tem que lidar com a amnésia por causa de um acidente de trânsito.
Literatura água com açúcar. Mas superado o melodrama desnecessário da primeira metade, o livro até que se torna empolgante. E quase justifica a chamada da capa colocada a partir do comentário do Stylist: "impossível de largar".
"Não quero saber o que está acontecendo na sua vida, Ellie. Não quero saber se tem problemas pessoais, se alguém próximo a você morreu, se está atolada em dívidas. Nem quero saber se você está com uma doença grave. Só quero que faça o trabalho para o qual é paga. Você já deve saber a essa altura que os jornais não perdoam. Se você não entregar as matérias, a gente não consegue os anúncios nem, aliás, a tiragem em circulação. Se não conseguirmos essas coisas, estamos todos no olho da rua, uns mais cedo que outros. Estou me fazendo entender?"
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