"Apenas quando provarmos que o direito internacional e os direitos humanos de toda humanidade são maiores do que qualquer vilão poderemos derrotar o mal."
"As mulheres do castelo", de Jessica Shattuck, me foi indicado pela Amazon a partir das minhas leituras recentes. A história passa-se durante e após a segunda guerra mundial e, assim como o livro anterior que li sobre o tema ("Mulheres sem nome"), é contado sob o ponto de vista de três mulheres.
Marianne, Ania e Benita vão passar alguns anos juntas durante a reconstrução de suas vidas após a guerra.
Os maridos de Marianne e Benita faziam parte da resistência alemã e morreram tentando impedir que o nazismo progredisse. Enquanto Marianne inseria-se no contexto político, mantendo-se contra o regime que se instalava em seu país, Benita fez parte da juventude hitleriana. Mais por estar na moda do que por acreditar no que estava sendo dito. As duas se conhecem durante uma festa dada no castelo do título do livro, que pertencia à família do marido de Marianne. Anos mais tarde, o reencontro dá-se em situação totalmente diferente, em um apartamento depredado em Berlim. Marianne, meio a contragosto por ver seu papel sendo reduzido, prometeu ao marido de Benita, por quem era secretamente apaixonada, que cuidaria dela e de todas as demais esposas dos envolvidos com a oposição. Embora seja bem empenhada com o compromisso assumido, as coisas não saem como planejado. Já Ania surge na sequência, como a esposa de um polonês envolvido com a resistência. Suas história foi a que mais me surpreendeu. Todas as três têm filhos e é por eles que mantém segredos e mentiras.
Começando em 1933 e indo até 1991, o romance traz algumas surpresas, mas não chega a ser inesquecível. Foi bom para minha sequência de leituras sobre a segunda guerra mundial, mas sem acrescentar muita informação.