Páginas

sábado, 27 de junho de 2020

simplesmente nova york




"Certamente não existe saudação mais animadora do que um rabinho balançando. Expressa tantas coisas. Amor, carinho e reconhecimento incondicional."

O livro tem cachorro. Ou melhor, dois. E são eles as únicas coisas boas deste romance. Eu deveria estar totalmente aérea para ter seguido com a leitura. Realmente, estava rsrs. Enfim, livros que trazem Nova York tendem a me atrair. Reflexo de SATC e Woody Allen.

Tenho queda por narrativas que se passam nesta cidade que nunca estive. Mas que está presente em filmes, séries e no imaginário que criei sobre outono no parque. Enfim, é justamente no parque que os protagonistas se conhecem. E como são enfadonhos! Ela é uma blogueira famosa. Ele é um advogado super requisitado que cuida de divórcios. Os dois se acham, cada um de um jeito. E procuram disfarçar o egocentrismo passeando com seus cachorros no Central Park. Tudo bem que o amor dela pelo pet é verdadeiro, mas ainda assim é difícil engolir seus problemas, que fizeram com que ela deixasse a Inglaterra. Quando descobrimos quais são, pensamos: Oi? Ele se considera a última bolacha do pacote. E emprestou um cachorro da irmã para ver se conseguia um encontro com alguém no parque. Deu certo. E é isso. O lado bom é que os cachorros não morrem, não sofrem (okay, um deles fica doente, mas logo se cura, ufaaaa) e todos ficam felizes. Leitura para quem não quer esquentar a cabeça. Mas ainda assim, não recomendo. Leiam P.S. de Paris no lugar.

domingo, 7 de junho de 2020

a mulher na janela




"Não é paranoia se está realmente acontecendo."


Romance de tirar o fôlego. O norte-americano A. J. Finn nos dá, no decorrer da leitura, várias pistas falsas. Confesso que estava apostando em um desfecho que não aconteceu, o que foi bom, pois teria ficado decepcionada se minhas previsões tivessem sido concretizadas. Anna Fox é psicóloga e mora sozinha após ter sofrido uma grande perda. Ela não consegue sair de casa, tem agorafobia e tudo que faz é ficar trancada, bebendo muito vinho, falando com estranhos pela internet, assistindo a filmes antigos (sabe as falas de cor e muitas vezes sua realidade se confunde com a ficção) e espionando os vizinhos pelas lentes de sua câmera fotográfica, em especial os recém-chegados Russells. Não é à toa que Hitchcock é um de seus cineastas favoritos. E é num de seus zooms que vê algo bem esquisito e que vai atormentá-la ainda mais. O bacana deste livro é que a narrativa nos conduz a termos as mesmas percepções que a protagonista. Será que tudo não foi fruto da imaginação? E esta dúvida é sanada de forma totalmente imprevisível, o que torna a leitura uma grande experiência. Não posso dizer mais nada para não estragar as surpresas. Livro super recomendado :-) Virou filme, mas não é tão bom quanto o romance.