quinta-feira, 16 de novembro de 2017
a lista dos meus desejos
Jocelyne está com quase cinquenta anos. Tem dois filhos e é casada com Jocelyn. Havia uma chance em um milhão de ela se casar com alguém que tinha a versão masculina do seu nome. E isso aconteceu. Temos, assim, o casal Jo e Jo no romance “A lista dos meus desejos”, do francês Grégoire Delacourt. A vida do casal é simples. Eu diria que morna. Sem sal. Mas vão tocando. Ela é uma pessoa com baixa autoestima. Se acha feia e sem atrativos. Tem um armarinho e, contrariando todas suas expectativas, fica famosa nas redes sociais com um blog sobre tricôs, o “dedosdeouro”. Outra vez uma chance em um milhão do sucesso ter acontecido. É cercada por bons amigos, entre eles duas irmãs gêmeas que estão sempre apostando a sorte na loteria. Por influência delas, Jocelyne acaba jogando uma única vez. E ganha! A partir daí tem que lidar com o dilema que surge: como trocar seus dias tranquilos pelas mudanças que o dinheiro pode trazer? Pensa nos filhos. O rapaz ambicioso. A filha mais ligada em artes e movimentos sociais. Pensa no marido e nos poucos e bons momentos que têm juntos. Enquanto isso, os dias passam e ela não desconta o cheque de dezoito milhões deu euros. Até que é surpreendida por algo que vai machucá-la profundamente. E que vai nos dar muita raiva. Leitura previsível que vai tentar nos dar uma lição de moral. Bem ou mal, até que gostei. Será que eu também hesitaria em sacar o dinheiro? Hmm, sei não ;-)
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
anexos
Anexos, da norte-americana Rainbow Rowell, foi escrito em 2011, mas se passa entre 1999 e 2000. Pega justamente a época do bug do milênio. Quem se lembra? Y2K, problema previsto para acontecer em todos os sistemas informatizados do mundo. Isso mobilizou praticamente todos os profissionais de TI. No fim, nada aconteceu. O enredo é bem interessante, apesar de bobo. Isso mesmo, não nos deixa nenhuma reflexão. Não ‘agrega valor’, como as ‘pessoas de negócios’ gostam de dizer (aliás, odeio este termo, apenas o citei aqui para reforçar todo o desprezo que tenho por ele. Rá!). Enfim, ainda sim, a leitura é divertida. Principalmente pelo formato do livro. Boa parte são trocas de e-mails entre duas amigas, Beth e Jeniffer, que trabalham na redação de um jornal. Elas são hilárias. Tudo começa com a presença no útero que uma delas diz estar sentindo. Apenas para exemplificar o nível das conversas, aspectos do dia a dia contatos com bom humor. E todo o bate-papo é acompanhado por Lincoln, o rapaz da segurança da informação. Toda empresa tem o seu Lincoln. Eles são responsáveis por vigiar os e-mails e garantir que nenhuma mensagem com teor proibido circule pelo ambiente empresarial. E lá está ele trabalhando durante a madrugada, período mais propício para exercer sua atividade, quando se depara com as mensagens das duas. Todas contendo as palavras da lista negra. O que ele faz? Nada. Fica curioso para saber os desfechos das histórias e não manda o sinal de alerta que deveria ter mandado. O interesse vai aumentando cada vez mais até que, quando percebe, está apaixonado por uma delas. O mais engraçado é que ele passa a ser assunto das discussões das duas. Final bonitinho, esperado. Sessão da tarde. Leitura rápida, ideal para uma ponte aérea, por exemplo.
“O prédio não fica completamente vazio, disse ele. Tem gente trabalhando na redação.
Você conversa com eles?
Não, leio seus e-mails.”
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
chá de sumiço
“Não é a situação ideal. Mas precisamos fazer
o melhor com as coisas que temos.”
o melhor com as coisas que temos.”
“Há sempre um fundo de verdade em tudo o que as pessoas dizem, mesmo que elas não saibam disso.”
“Vou ter todo o tempo do mundo para cozinhar depois de morrer” (esta frase me representa)
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