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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

chá de sumiço


“Não é a situação ideal. Mas precisamos fazer
o melhor com as coisas que temos.”

E eis que leio mais um livro da irlandesa Marian Keyes, minha escritora chick-lit preferida. Mais um da hilária família Walsh. Os livros dessa autora são divertidos, nos deixam de bom humor e são ótimos para os momentos em que estamos para baixo. Eu costumo recomendar “Melancia”, o primeiro dela que li, para quem sofre de dores de amor. Aqui temos Helen Walsh, a caçula. Como nas histórias de todas as outras irmãs, a sua não começa muito bem. Detetive particular sem nenhum trabalho, acabou de perder o apartamento e teve que voltar para a casa dos pais. Tem um namorado lindo, mas com três filhos - um que a odeia - e uma ex-mulher que está sempre por perto. No meio de tudo, surge seu ex-namorado, com quem teve um caso mal resolvido, e lhe oferece um caso: investigar o sumiço de um cantor de um banda que fez sucesso no passado e que está prestes a fazer um show nostálgico. Como o cara sumiu, os outros membros estão desesperados porque essa é a única chance que eles têm para resolver seus próprios problemas pessoais. Helen aceita, mas durante suas investigações têm que lidar com uma crise de depressão. Em muitos momentos, tudo o que ela quer é sumir do mapa também. Guardada as devidas proporções, alguns trechos me lembraram “A redoma de vidro”, de Sylvia Plath. A mesma angústia da personagem lá, aqui estão reproduzidas. Claro que com o toque de humor peculiar à Marian. Chorei de rir com as divagações da nossa heroína narradora. A autora aproveita para ironizar, e ridicularizar, as bandas adolescentes. Do sucesso no passado para a decadência de seus integrantes no presente. Mesmo desengonçados e fora de forma, tentando fazer os passinhos ensaiados e usando as roupinhas que os destacaram. Fiquei imaginado como estão hoje os ‘meninos’ de bandas como New Kids on The Block, Menudos, Backstreet Boys. Pensando bem, não me interessa. Por outro lado, quero muito ler os outros livros da família Walsh. Sem contar, que dá para viajar para Irlanda com essas leituras :-)

“Há sempre um fundo de verdade em tudo o que as pessoas dizem, mesmo que elas não saibam disso.”

“Vou ter todo o tempo do mundo para cozinhar depois de morrer” (esta frase me representa)

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