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sábado, 4 de dezembro de 2021

a irmã desaparecida



"E daí se vocês quiserem passar uma noite, uma semana, um mês ou talvez uma vida inteira juntos? Esses momentos, quando você conhece alguém que está tão atraído por você quanto você por ele, são muito raros."

E cheguei ao sétimo livro da saga “As sete irmãs”, de Lucinda Riley. Infelizmente, pouco depois de sua morte. A autora deixou ainda rascunhos e ideias para o que seria o oitavo sobre as irmãs D’Aplièses, cuja história é baseada nas Plêiades da mitologia grega, as sete filhas de Atlas e Pleione, a filha do Oceano. Uma surpresa, já que todos esperavam que “A irmã desaparecida” fosse o último da série.
A cada volume, conhecemos uma das irmãs, ao mesmo tempo em que visitamos diversos países, que revelam suas origens. Vale recordar que todas foram adotadas por um milionário que mora na Suíça, o Pa Salt. Quando ele morre, deixa pistas para que elas encontrem suas famílias biológicas. Dele, pouco sabemos. É um mistério que ronda, inclusive, suas filhas.

Com elas, já estivemos no Brasil, Noruega, Inglaterra, Austrália, Escócia, Espanha, Estados Unidos e Quênia. Sempre com a mesma estrutura narrativa. Do presente para conhecer o passado de seus ancestrais. A leitura é rápida e envolvente e nos dá uma ideia bem detalhada de como as pessoas viviam nas épocas retratadas. Foi bem interessante, por exemplo, ler sobre como o Cristo Redentor chegou ao Rio de Janeiro no livro que fala sobre Maia. Neste que acabei de ler, o cenário é, principalmente, a Irlanda, país natal de Lucinda. Vou roubar um trecho do seu site que descreve muito bem o contexto abordado:

“Em A irmã desaparecida, concentrei-me na Guerra da Independência e na subsequente Guerra Civil da década de 1920. Os confrontos mais recentes foram o que nós irlandeses chamamos de “os Conflitos” – um atrito que durou trinta anos na Irlanda do Norte, da década de 1960 ao final da década de 1990. Foi uma campanha terrorista continua, travada pelos republicanos e provocada pela crescente frustração sentida pela comunidade católica da Irlanda do Norte. Na batalha dos republicanos contra o Estado, 3.500 pessoas foram mortas e mais alguns milhares foram presos.”

O enredo é a busca pela tal irmã desaparecida, a que nunca foi levada para casa. A partir de alguns documentos encontrados pelo advogado da família, as seis mulheres seguem os rastros que podem levá-las até Mérope, a sétima irmã. A jornada começa na Nova Zelândia, país em que supostamente ela vive. Passa pelo Canadá, Inglaterra e França e, finalmente, Irlanda da década de 20 com a história de Nuala, que sempre lutou pela independência de seu País. Devo confessar que a tal irmã desaparecida me decepcionou um pouco. Gostei muito mais da história de sua avó e achei que o desenrolar de sua vida foi bem fraco. Sem contar a decepção ao ver que não era o desfecho esperado. Digo decepção com euforia, pois sei que vem mais por aí. Espero que o trabalho do filho de Lucinda, Harry Whittaker, responsável por organizar as notas da sua mãe faça jus ao final que a saga merece. RIP, LR.


As sete irmãs (Brasil)

A irmã tempestade (Noruega)

A irmã da sombra (Inglaterra)

A irmã da pérola (Austrália)

A irmã lua (Espanha)

A irmã sol (Quênia)

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