"Todo meu mundo me lembrava de sua ausência."
Fiquei muito feliz por ter encontrado em minhas buscas justamente a sequência de “Amor em minúscula”, um dos meus preferidos dele. O outro é “O melhor lugar do mundo é aqui” (lembro direitinho o dia em que o achei na livraria, que delícia!).
Bem, “Wabi-sabi” dá sequência à história do professor Samuel. Ele mora com seu gato Mishima, que foi o grande responsável por tirá-lo da solidão no romance anterior. Temos, agora, um salto de oito anos. Ele namora Gabriela, mas não percebe (ou não quer notar) os sinais de que a relação está esmaecendo. Até que a moça, por telefone, pede um tempo.
Em paralelo, também lida com o mistério envolvendo cartões-postais que anda recebendo do Japão, sempre com referências a gatos e a expressão “wabi-sabi”, que significa, em linhas bem gerais, que o belo é imperfeito e incompleto.
Coincidentemente, seu amigo, que mora no andar de cima, está a escrever sobre esse tema. Sem pensar muito, já que fica em choque com o rompimento amoroso, compra uma passagem rumo ao Japão.
Lá, é colocado diante de situações estranhas, como um bar que só cabem praticamente três pessoas e que, de uma hora para outra, ganha o seu nome. Conhece um executivo japonês que extravasa suas neuras cantando no karaokê e sua sobrinha, que pensa em se matar. Por fim, tudo o leva a crer que a vida é muito maior que os problemas que ele pensa ter. Conclusão: nada melhor que uma boa viagem para nos fazer superar uma separação. Não chega aos pés do livro anterior, mas traz algumas boas mensagens aqui e ali.
"O melhor remédio para os amedrontados, solitários ou infelizes é sair, ir ao ar livre encontrar o céu, a natureza e Deus."
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