Mais um livro finalizado da série napolitana de Elena Ferrante. “História de quem foge e de quem fica” mostra a fase adulta de Lenu e Lila. É o que mais fala da primeira, com detalhes de sua vida fora do bairro em Nápoles. Lenu torna-se escritora, seu primeiro livro é um sucesso. Sua vida sentimental também está bem. Preste a se casar com Pietro, renomado professor, ela volta às origens para ajudar Lila, que não teve a mesma sorte e, após deixar o marido, trabalha em condições degradantes em uma fábrica. Paralelamente, acompanhamos o movimento em prol de melhores condições de trabalho e a luta de classes. Muitos personagens ganham força, como Pasquale, o comunista, e Nino, o grande amor de ambas. Amizade e inveja continuam fortes e misturadas.
A leitura é tensa. Mais que os dois anteriores. Mas eu não conseguia largar. Mexeu tanto comigo que incorporei as injustiças do livro e fiquei revoltada. Queria eu mesma sair às ruas e ajudá-las. Lá pelas tantas há uma reviravolta. Só que ela é contada de tal forma que mal percebemos como tudo aconteceu. É como se o tempo tivesse passado também para nós. Lila consegue se recuperar e Lenu cai. Ou seja, enfrenta uma crise no casamento. Não consegue mais escrever. A insegurança que sempre teve está cada vez maior. No fim resolve abandonar tudo e, mais uma vez, fugir. Não vejo a hora de ler o quarto e último volume para saber como esse duelo velado entre as duas amigas vai acabar.
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