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domingo, 16 de outubro de 2022

o apartamento de paris



"Aprendi que observar é a arma mais poderosa."


Eu esperava bem mais deste livro de Lucy Foley, autora inglesa de suspense. Talvez mais mistérios e final surpreendente. O fato é que é um thriller fraco, fraco. A história se passa em um prédio chique de Paris onde vive o jornalista Ben, irmão da nossa protagonista, Jess. Ambos britânicos. Ele já está na França há algum tempo. Ela parte para lá após perder o emprego na esperança de encontrar abrigo no apartamento de Ben, que não fica muito feliz com a notícia de sua chegada. Ao surgir na porta do edifício, Jess já estranha. A sofisticação do lugar não é algo que parece combinar com o irmão. Além disso, ele simplesmente desapareceu, deixando carteira e tudo mais.

Para piorar, os vizinhos e a zeladora são bastante hostis. Temos uma garota meio gótica perdida em seus próprios pensamentos, um fundador de startups fracassado (mas de família rica), um casal que parece viver de aparências e outro casal mais novo que acaba de se separar. A zeladora parece um fantasma. Lá pelas tantas, descobrimos que todos estão extremamente conectados. Achei bem sinistro.

O fato é que ninguém colabora com a menina, que conforme os dias passam vai ficando cada vez mais desesperada com o sumiço do irmão. Ao contrário, parecem fazer de tudo para que ela não consiga atingir seu objetivo. Enfim, Jess terá que lidar com eles e passa a contar com a ajuda do editor de Ben, a quem ele havia prometido um grande furo de reportagem. Talvez esteja aí a charada. E a polícia? Também comprometida com o pessoal do prédio, ao que parece. E é isso até o final, que não tem nada demais. Há a tentativa superficial de abordar o tráfico de mulheres para prostituição, mas está longe de contribuir com qualquer discussão. Podem pular a leitura.

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