Páginas

domingo, 16 de outubro de 2016

o outro cão que guarda as estrelas



"Não me deixe aqui. Estou sem forças.
E não consigo andar."
Dois cachorrinhos foram abandonados na rua dentro de uma caixa. Um deles, o mais saudável, foi adotado por uma menininha e ganhou o nome Happy. Sua história, triste, é contada no mangá "O cão que guarda as estrelas".
Três anos depois, após o grande sucesso que teve, Takashi Murakami lança "O outro cão que guarda as estrelas". Não é exatamente uma continuidade, mas a narração do que aconteceu paralelamente à primeira história. Aqui acompanhamos a vida do irmão de Happy. Doente, é desprezado por todos. Com exceção de uma idosa que só pensa em morrer. Ao se deparar com o cão, vê nele uma ótima companhia para ir dessa para uma melhor, já que acredita que o animal também está com os dias contados. O que ela não contava é que o pouco de atenção que deu ao Pequeno, como passa a chamá-lo, seria suficiente para que ele recuperasse a saúde. A partir daí, acompanhamos a transformação que esse amor, entre ambos, realiza. Paralelamente, temos outra história. A de um garoto que é deixado pela mãe e que vai acabar sendo ajudado por outro cachorro, que por dois anos está à venda em um petshop. Essa criança aparece rapidamente no primeiro mangá e, aqui, acompanhamos melhor sua trajetória.
O fim desse segundo volume é bem menos trágico que o primeiro. Mas ambos falam em nome dos animais. Ouvimos suas vozes, suas emoções. Esses dois mangás deveriam ser lidos por todos que têm cachorro ou pretendem tê-los. Também por aqueles que um dia maltrataram algum. Falam do amor incondicional que nos dão e da inocência com que percebem suas relações com os humanos.
Emocionante.
E acabei de descobrir que tem um filme com a história de Happy. Vi o trailer apenas. Sei o desfecho e vou me poupar do sofrimento. Mas #ficaadica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário