Paisagem encoberta pela neblina é, para mim, única. Fico quieta a contemplar toda vez que me deparo com tal vista. Lembro-me de quando ia à escola, ainda criança, e ela envolvia o caminho. Hoje são raros os momentos em que aparece.
Recordo ainda de minhas passagens pela Inglaterra. O fog londrino e a exposição do impressionista J. M. William Turner. Passeio que sempre estará no meu presente.
E, na última semana, encontro mais uma referência para o repertório esfumaçado: "A cinza das horas", primeiro livro de Manuel Bandeira. Na capa, trilha no bosque ofuscado pela névoa. Embora os poemas caminhem para o fúnebre, nos conforta. Serenidade dada pelos versos do poeta, na época, enfermo.
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