"O Assassinato de Roger Ackroyd", meu livro favorito de Agatha Christie, veio à tona logo nas primeiras páginas do romance policial "O chamado do Cuco", de Robert Galbraith, pseudônimo de J. K. Rowling. O que me trouxe tal associação não foi a história, mas o desfecho e o 'quemajudaquem'. Chega! Ou vira spoiler.
Lula Landry, famosa modelo, morre ao cair da sacada de seu luxuoso apartamento, em Londres. Enquanto todos, inclusive a polícia, aceitam a hipótese de suicídio, já que ela tinha seus desvios psicológicos, seu irmão parece não estar convencido e contrata um detetive para provar que Lula foi assassinada. O escolhido é Cormoran Strike, ex-militar grandalhão e peludo que perdeu uma perna no Afeganistão. Sua situação não é das melhores: está atolado em dívidas, recebe ameaças de morte do principal credor, acabou de perder a noiva, mora no escritório, só tem um cliente e secretárias temporárias. Mas é uma delas que vai ser essencial para ajudá-lo nas investigações, Robin Ellacott. Apesar de tudo, Strike mostra-se muito competente em seu trabalho. Sabe fazer as ligaçoes certas e tem influências que o levam a desvendar a morte da modelo. Cuco ou Cuckoo - no inglês fica mais bonito - é como seu estilista costumava chamá-la.
O romance só ganha fôlego depois da metade. Antes disso, a leitura é arrastada com detalhes cansativos. Confesso que deixei o livro de lado várias vezes. Felizmente, fui até o fim. Estava certa em relação ao que suspeitei desde o início. Apenas não poderia dizer quais foram os motivos, todos muito bem colocados por Strike no fim da trama, tal e qual todos os livros que trazem detetives, como o famoso Hercule Poirot. E Roger Ackroyd? Leiam um e outro e depois me digam ;-)
“Uma mentira só teria sentido se a verdade parecesse igualmente perigosa.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário