A violência contra os animais é gritante. Diariamente, pessoas descontam suas iras em cachorros, gatos e outros bichos. A boa notícia é que a população está mais atenta.
Recentemente, uma cidadã foi filmada enquanto atirava seu cão ao chão. O acontecimento chamou a atenção dos internautas, que se mobilizaram para apedrejá-la virtualmente.
Pela quantidade de casos expostos, parece que virou moda incendiar cães e cavalos. Eu penso que atos semelhantes sempre existiram. Ocorre que temos cada vez mais denúncias que chegam até nós com a ajuda dos meios de comunicação. O que é plausível. A defesa dos animais precisa de incentivadores. Precisa de adeptos. Aliás, quanto mais simpatizantes houver, menos animais serão maltratados.
O problema é que o inimigo pode estar na própria causa. Muitos protetores alegam, com razão, que dentro dessa violência temos que incluir a alimentação. Tratam como hipócritas os que defendem um cachorro enquanto comem um sanduíche de pernil – a minoria talvez até seja.
O problema é que o inimigo pode estar na própria causa. Muitos protetores alegam, com razão, que dentro dessa violência temos que incluir a alimentação. Tratam como hipócritas os que defendem um cachorro enquanto comem um sanduíche de pernil – a minoria talvez até seja.
Infelizmente, é preciso aceitar que poucos fazem a distinção entre animais para comer, animais para brincar, animais que são utilizados como cobaias. A tendência é defenderem, sobretudo, animais domésticos e selvagens. Ao passo que bois, galinhas, peixes, porcos são degustados sem remorso. Inclusive por alguns ativistas. Não é prudente, porém, desanimar os que veem com bons olhos a causa, mas que ainda utilizam produtos de origem animal. Afinal, são eles que vão ajudar a eliminar as touradas, a farra do boi, as carroças, as gaiolas, os aquários e a aprovar leis mais severas.
A análise de dezenas de reportagens na Folha Online sobre o Peta – People for the Ethical Treatment of Animals -, um dos grupos mais conhecidos do mundo, mostra a falta de credibilidade que seus protestos mais radicais têm, como as passeatas com pessoas nuas e boicotes destrutivos. Embora seja uma luta autentica, o que fica no discurso da mídia é que são arruaceiros e sem muitos argumentos, observação que se estende aos leitores.
Questiono, do mesmo modo, campanhas que mostram animais mortos e ensanguentados. Como apontou Roland Barthes em "Mitologias", essas imagens podem nunca chocar porque não estamos diante da cena, nem estamos presenciando e vivenciando o fato. Alguém já viu e sofreu por nós. Resta, apenas, a repulsa.
São incontestáveis, ainda assim, os méritos da defesa dos bichos, muitos do Peta, inclusive, que tem anúncios bem criativos. Afinal, alguma revolução é necessária. Há notáveis exemplos, como as restrições à vivissecção, a diminuição do comércio de peles e a proibição de animais em circos. A única objeção está na imagem que ela passa para a população que precisa ser seduzida. E que, em sua maior parte, não entende que queimar um cão pode ser o mesmo que devorar uma feijoada.
Por ora, não adianta dizer que o prato do seu amigo está vivo. Não adianta dizer ao vizinho que recolhe animais de ruas que ele não tem propriedade para tal, já que come carne. Não adianta tirar a roupa e fazer protestos. Lamento muito, mas isso não vai fazer ninguém virar vegetariano. Seguimos os exemplos de quem legitimamente admiramos e respeitamos.
Compreender, embora seja difícil, que a utilização de animais pelos seres humanos é muito mais que um hábito e se constitui em algo antropológico, surge como a opção mais sensata para equilibrar a relação entre os seres vivos. Confesso que já tive atitudes radicais na defesa dos animais. Pelo olhar assustado dos colegas, percebi que o convencimento pode ser obtido de maneira mais sútil. Claro que queremos que todos sejam livres. Antes, precisamos de mais seguidores. O resultado poderá ser constatado em vários pratos revisitados.
Todos merecem a liberdade e o respeito |
Vídeo que traz campanhas em prol dos animais
UM BOM TEXTO!PARABÉNS!!!
ResponderExcluirMas..., enquanto essa questão polêmica milenar: protetores de animais que comem carne x vegetarianismo não for resolvida, os animais estarão sempre inocentemente a mercê dessa discussão que tende a aumentar ainda mais o sofrimento deles, pois se os próprios protetores comem determinados animais, porque eu não posso? O importante mesmo nisso tudo é lutar, lutar sempre e assim evoluindo e despertando á medida da conscientização, e um dia, mesmo que tardio, que esperamos seja o mais breve possível, pois temos a "santa internet" que se for usada para o bem só será favorecida á tão nobre causa animal, teremos sim PROTETORES DE ANIMAIS EM UMA SÓ NOTA: TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A VIDA. TODOS SÃO SERES VIVOS ANIMAIS SENCIENTES IGUAIS AOS ANIMAIS HUMANOS, POIS NA DOR, MEDO, SOFRIMENTO, FOME, SEDE, FRIO, CALOR, ESTRESSE E ATÉ SAUDADE, SOMOS OS MESMOS.
ASSIM, MINHA OPINIÃO ACERCA DO ASSUNTO: DEFESA DOS ANIMAIS X VEGETARIANISMO, COM TODO RESPEITO, É A SEGUINTE:
OPINIÃO!
PROTETOR(A) DE ANIMAIS QUE COME CARNE NÃO É PROTETOR(A) DE ANIMAIS, É PROTETOR(A) DE DETERMINADO ANIMAL, COMO POR EXEMPLO, CÃES E GATOS.
SER PROTETOR(A) DE ANIMAIS É SER NOBRE A COMEÇAR PELO PRATO! É TER COMPAIXÃO POR TODOS OS OUTROS SERES VIVOS TAMBÉM SENCIENTES, PORQUE TODOS SÃO ANIMAIS NA ORDEM NATURAL DA EXISTÊNCIA TERRENA. OS ANIMAIS SENSITIVOS NÃO HUMANOS SÃO A MAIS PRÓXIMA SEMELHANÇA ANIMAL SENSITIVO HUMANO, PORTANTO SÃO NOSSOS IRMÃOS NA ESCALA EVOLUTIVA DA VIDA MATERIAL E PRINCIPALMENTE ESPIRITUAL. SER PROTETOR(A) DE ANIMAIS É LUTAR POR TODOS OS ANIMAIS SEM DISCRIMINAÇÃO. É RESGATAR NO VER, OLHAR E AGIR! TER ATITUDE SEMPRE SÉRIA E SE POSICIONAR COMO VERDADEIRO PROTETOR(A) QUE É!
SER PROTETOR/PROTETORA DE ANIMAIS É FAZER A GRANDE DIFERENÇA NA TÃO NOBRE E SOFRIDA CAUSA ANIMAL: LEVANTANDO A BANDEIRA COM MUITO ORGULHO!!!
PARABÉNS!!!
ABRAÇOS A TODOS
MARIA JOSÉ NIA