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quinta-feira, 30 de junho de 2016

adeus às armas


Esperava mais deste livro por conta do que eu já tinha lido sobre ele. O fim é comovente e é o que me fez gostar (um pouco) dele. Ao terminar a leitura, fiquei  a pensar nas outras possibilidades que havia para os personagens. Mas o desfecho não poderia ter sido outro, dada a sequência da narrativa.

Ambientado durante a primeira Guerra Mundial, “Adeus às Armas” (1929), de Ernest Hemingway, é tido como um relato autobiográfico do autor, que, assim como o protagonista, alistou-se no exército italiano, mesmo sendo norte-americano.

Frederic Henry é motorista de ambulância e é ferido logo na sua primeira missão em terras italianas. Antes do ataque, ele conhece, por meio do seu colega de quarto, Rinaldi, a enfermeira britânica Catherine Barkley. Logo de cara ela mostra que quer ficar com ele. Joga-se apaixonada na relação. Ele, porém, só quer se divertir. Até sente uma ponta de remorso por dizer que a ama. Ela era noiva de um combatente que havia morrido há pouco tempo. Talvez tenha depositado em Frederic a possibilidade da união que ela não queria abrir mão.

De qualquer forma, o amor realmente surge entre ambos depois que ele é ferido e vai para um hospital em Milão. Catherine acaba sendo transferida para lá também. E ambos se descobrem verdadeiramente apaixonados. E aí começa o nhenhenhém. Sobretudo da moça. “Faço tudo o que você quiser. Vou onde quiser. Você é minha luz, minha vida.” Claro que não são exatamente com esses termos, mas é próximo disso os diálogos que ela tem com ele. Chega a ser chato ter que ler frases como “oh, querido, eu tanto desejava igualar-me a você…”. É muita dependência de uma mulher em relação a um homem. Muito mais emocionantes são os trechos que relatam os combates e, particularmente, a fuga de Frederic durante uma retirada italiana. Também são interessantes os bate-papos dos soldados durante os jantares nos alojamentos, momentos em que esquecem que estão em guerra. Lá na última parte, contudo, certa afeição surge em relação ao casal piegas. Talvez o clima e a paisagem suíça, muito bem descritos, tenham ajudado. No mais, leitura arrastada. Sem muitas recomendações.

Algumas frases salvam o livro. Gosto muito desta: “Vocês se envaidecem muito dos próprios defeitos.”

Abaixo, outras:

“Em setembro, chegaram as primeiras noites geladas, e depois os dias frios; as folhas do parque começaram a amarelecer e nos demos conta de que o verão acabara.”

“- Como vai conseguir isso? – Não sei, mas darei um jeito. – Você é admirável, Cat. – Não sou, mas é fácil arrumar a vida quando a gente não tem nada a perder. – Como assim? – Nada. Estava pensando nos pequenos obstáculos, que às vezes nos parecem tão grandes.”

“Sei que à noite o mundo não é o mesmo que de dia. Que as coisas que pertencem à noite não podem ser explicadas durante o dia, porque de dia não existem – a noite se torna ameaçadora para pessoas solitárias, essas que já de começo conhece a solidão.”

“É uma ilusão a sabedoria dos velhos. A sabedoria não cresce com a idade. O que cresce é a cautela.”

Um comentário:

  1. é bom conhecer, estudar, ler, viver experiencias...ahhh, eu com minha juventude, ia nas praças esverdeantes e sentava-me ao ar lendo meus livros, q saudade, livros assim me inspiram a ser melhor mediante a esta sociedade. viva sua juventude pq ela é passageira e rápida, logo chegam os afazeres de adultos e a gente se perde e esquece da alma jovem que temos... ahhh, minha iguaiatatuba do ceará.... bjs, abraços

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