Acabei de ler interessante crônica de Verissimo que diz "O feto começa feminino, depois é que são acrescentados os atributos, digamos assim, masculinos. Por isso, os homens têm mamilos, e não sabem o que fazer com eles. Quer dizer: a história biológica do ser humano é exatamente inversa à do seu principal mito da criação, em que a mulher sai de dentro do homem. O mito é não apenas um desmentido do fato, e do feito, como uma apropriação masculina de um feito feminino."
E li isso justamente quando estava me preparando para escrever algo sobre o texto "Sejamos todos feministas", da escritora argelina Chimamanda Ngozi Adichie. Trata-se, na verdade, da transcrição do discurso que ela fez na conferência anual sobre a África, TEDxEuston, em 2012. Eu adquiri o ebook gratuitamente na loja do Kobo, mas vi esta semana a versão impressa na livraria.
Isso foi apenas um exemplo, dentre inúmeros outros que poderia citar. Mas opiniões radicais existem em todas as esferas. Já vi algumas feministas que chegam a endossar estereótipos, como os citados acima. "Não devemos os usar saltos", ouvi uma vez. Assim como também já estive em uma sala em que um homem resolveu debater o assunto e foi convidado a se calar. "Somente uma mulher pode ser feminista. Homem não sente o que sentimos, o que o desabilita a defender a causa", disseram da plateia. Não aceitam, enfim, que "we should all be feminists".
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