Páginas

segunda-feira, 14 de maio de 2012

guia das especiarias

Esta dica é para quem gosta de temperar o cotidiano. O “Guia das Especiarias” traz a origem das especiarias. Aliás, das ervas e das especiarias. Embora haja controvérsias, o livro começa apontando a diferença entre as duas: “as ervas seriam plantas anuais, bianuais ou vivazes semeadas com utilidade tanto prática como culinária, enquanto as especiarias seriam plantas lenhosas semeadas.”

Assim, o manjericão, a manjerona são exemplos de ervas, enquanto o alecrim e o tomilho, especiarias. Mas esse é o tipo de definição dispensável quando estamos diante de “poções” que dão mais sabor aos alimentos e, consequentemente, à vida.

A data exata do início de sua utilização é tão antiga quanto a história da humanidade. Há, inclusive, anotações com receitas medicinais gravadas em barro ou papiro. Alguns exemplos são as placas de barro sumérias da Mesopotâmia quatro anos antes de Cristo e uma compilação manuscrita da China com propriedades medicinais das plantas, datada de 2.700 a.C. Seguem-se ainda experiências dos egípcios, gregos e romanos.

Já o primeiro registro culinário é de um século depois de Cristo. Lá estavam receitas com ingredientes que até hoje fazem parte de nossos pratos, como orégano, mostarda, coentro, gengibre e pimenta. Aliás, a pimenta é a rainha das especiarias, ou ervas, tanto faz. Sua procura em Roma era tão grande que chegou ser utilizada como pagamento e até forma tributação. Não por menos, tornou-se o alvo de lutas e conquistas por novas terras. Vale lembrar que foram as pimentas que levaram Portugal e Espanha a enviarem seus melhores navegadores pelos mares a caminho da Índia.

Para cada especiaria, o livro apresenta fotos, seus vários nomes, localização, história, características, floração, componentes, propriedades, aplicação na culinária e na saúde. E aí? Que tal incrementar seu jantar?

Trechos

Manjericão: "A erva muito venerada na Índia pelas suas propriedades fortificantes, está radicada nos países mediterrâneos há séculos. Na antiguidade apreciava-se o seu aroma suave e as formas de pequenas folhas ornamentaram um e outro jardim da nobreza romana."

Alecrim: "Entrelaçado em coroas e composto em raminhos, o alecrim era utilizado como decoração para a noiva e para o casamento, espantava maus espíritos e prometia ser uma proteção efetiva contra a peste. O alecrim era igualmente considerado o símbolo da vida e devido ao cheiro aromático as pessoas acreditavam que fortalecia a memória e mantinha a juventude."

Pimenta: "A pimenta é única entre as especiarias, visto os seus frutos serem comercializados em quatro cores: conforme o tratamento resultam em grãos pretos, brancos, verdes e vermelhos. Na sua Índia natal a pimenta já era mencionada no segundo milênio a.C. e indiano é também o nome de origem para a pimenta: pipali. Com as conquistas de Alexandre, o Grande, e as novas rotas de comércio assim criadas, a pimenta chegou finalmente à Europa, onde passado pouco tempo gozou de enorme popularidade e mostrou ser um artigo de comércio extremamente importante."


Enquanto isso, em casa: primeiras mudas de pimenta

Nenhum comentário:

Postar um comentário