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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

aconteceu em paris

Capa feia, edição cheia de erros
Nunca neguei. Adoro um chick lit, estilo literário do qual fazem parte os livros que trazem a hilária Bridget Jones, criada pela inglesa Helen Fielding. Também estão dentro os engraçados romances da irlandesa Marian Keyes. "Sex and the city", de Candace Bushnell, e um dos meus favoritos, "Can you keep a secret", de Sophie Kinsella. Assim, entre uma leitura e outra, sem nenhuma vergonha, encaixo um desses livros, que aqui são conhecidos como ‘literatura de mulherzinha’. As histórias são muito parecidas: protagonistas atrapalhadas. Tudo que fazem dá errado. Estão sempre metidas em alguma confusão e têm na cola um gato apaixonado. O final feliz é regra e esperado. Apesar da previsibilidade, nos proporcionam bons momentos de entretenimento. São ótimos para quando bate a tristeza ou quando queremos apenas dar boas risadas. E, sim, também nos ajudam a refletir sobre a vida, de certa forma ;-)


:-(
Fazendo uma rápida pesquisa em blogs literários (busquei por 'livros para morrer de rir’), cheguei até “Aconteceu em Paris”, da escocesa Molly Hopkins. Comprei a versão digital, abri um vinho e me preparei para dar gargalhadas. Mas a péssima edição brasileira, da Nova Conceito (caramba, editora!), me deixou de mau-humor. Há erros grotescos de português, como o que compartilhei no meu instagram (imagem ao lado). 'Voltei a se sentar' é triste, não? Não sou a perfeição em língua portuguesa, mas entendo que esta deva ser a pretensão das editoras que ganham dinheiro vendendo livros. É o mínimo, considerando o preço das publicações por aqui e sabendo que contam com vários revisores.

Tudo isso me deixou com raiva da Evie Dexter, a protagonista. Bobinha e sem graça, embora a intenção fosse justamente ser divertida. Desanimei e interrompi a leitura. Mas como tinha dado uma boa grana pelo e-book, terminei o romance. Até que me diverti com as aventuras dela por Paris. Na verdade, só me animei mesmo quando ela fez um tour pela Escócia. Faltou dizer que é publicitária, perde o emprego e consegue outro em uma agência de turismo. Seu primeiro trabalho é levar um grupo de quarenta pessoas para um fim de semana em Paris. Logo de cara, interessa-se pelo motorista de ônibus, o bonitão Rob. Na mesma noite vai para a cama com ele. E por aí vai. Enfim, mas eles acabam nas montanhas escocesas, um dos lugares mais lindos que já visitei. Daí não consegui mais largar o livro e as descrições das paisagens. Aliás, muito poucas, mas suficientes para eu ter vontade de voltar. Pronto. Mesmo essa edição ruim me fez sonhar. O que não me deixou menos decepcionada com a Nova Conceito. Sei que Evie continua suas aventuras em outro romance, “Aconteceu em Veneza”. Será que vale arriscar?

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