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quarta-feira, 3 de julho de 2013

crime e castigo


Crime e Castigo, do russo Fiódor Dostoiévski, está no topo dos meus livros preferidos. Eu o li em julho de 2007, durante uma semana ensolarada. Lembro perfeitamente de ficar sentada no quintal ao lado do Kiko, meu cachorro, grudada na história. Ele não está mais aqui, mas suas lembranças serão eternas. Enfim, voltando à obra: foi publicado em 1866 e fala sobre Raskólnikov, estudante que está na miséria. Para tentar amenizar sua situação e ainda provar que pode fazer algo grande, planeja matar uma senhora usurária, vulgo agiota. Durante o assassinato, também mata a irmã do seu alvo, que havia presenciado tudo. Ele até chega a levar as joias que encontra, mas a culpa pelo crime o consome de forma bem intensa. Tanto que chega a perder completamente os sentidos. E aí temos uma grande viagem por sua consciência. Sua irmã vai desempenhar um papel fundamental para a decisão que ele acaba tomando. Eu li a versão traduzida direto do russo por Paulo Bezerra. Atenção para os nomes e seus diminutivos, um exercício à parte. Daqueles livros que você não consegue largar. 

"Outra vez compreendeu de modo plenamente claro que acabava de dizer uma terrível mentira, que doravante não só nunca mais teria tempo de pôr a conversa em dia como já não teria mais nada a conversar com ninguém e nunca mais. A impressão dessa ideia torturante era tão forte que num instante ele quase ficou totalmente alheio, levantou-se do lugar e saiu do quarto sem olhar para ninguém."

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