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domingo, 5 de abril de 2015

ele está de volta

Terminei a leitura de "Ele está de volta", do alemão Timur Vermes, sem entender o objetivo do livro. Se era uma sátira de Hitler, se era para ser engraçado, se era uma crítica à sociedade massificada, se era para mostrar que Hitler tinha lá suas razões ou se não era nada disso. Chato. Leitura arrastada. Sem explicação, Hitler acorda em 2011 num terreno baldio em Berlim. Desnorteado, vai parar numa banca de jornal e se atualiza sobre as últimas décadas. 

Claro que todos acham cômico o cara vestido como o Führer. Tanto que não demora para ele ser confundido com um humorista e ganhar seu próprio programa na TV. Tem lá suas passagens engraçadas, quando ele descobre o computador, a eficácia do Wikipedia, o Youtube e a TV. "Vi um cozinheiro picando legumes. Inacreditável! Haviam desenvolvido uma tecnologia tão avançada e a utilizavam para supervisionar um cozinheiro ridículo", dispara ao ver um dos milhares de programas gastronômicos. O celular, para ele, é receptor popular. E as mulheres que recolhem as fezes dos cachorros nas ruas são desequilibradas. Essas partes redem boas risadas. Mas é só. O livro é extremamente entediante quando Hitler se põe a divagar sobre os planos para retomar o poder. Enquanto a produtora de TV pensa ter encontrado seu grande astro, ele segue achando que tudo é parte da estratégia para a reconstrução do Reich. Todos atordoados, afinal, sem se dar conta dos reais motivos e fins de suas atitudes. 

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