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sábado, 28 de setembro de 2013

a vingança veste prada

Eu não li “O diabo veste prada”. Fui direto ao filme (2006) que, aliás, é muito bom. Por isso, quando vi que chegava ao Brasil “A vingança veste prada” não tive dúvida e comprei ainda no pré-lançamento a continuação da história escrita por Lauren Weisberger.

Impossível não ler o livro sem associar as personagens às atrizes que as interpretaram no cinema. Sobretudo a editora chefe da Runway, Miranda Priestly, muito bem representada por Meryl Streep. Mas desta vez ela não aparece muito. O livro foca na amizade que surge entre suas duas ex-assistentes, Ahn-dre-ah (Andy) e Emily. Antes arqui-inimigas, elas se reaproximam e criam a lucrativa revista The Plunge (da expressão take the plunge, que significa finalmente ir para o altar). A publicação é especializada em casamentos de celebridades. Desde o conceito até o papel utilizado, tudo é requintado e tem como objetivo inspirar as mortais que sonham com a grande data. 

Da antiga vida de Andy, ou melhor do primeiro livro, praticamente não sobra nada. Ela conseguiu se livrar da ex-chefe e de suas terríveis exigências com um palavrão, mas também perdeu o namorado que tanto amava (snif). Parece que deixou para trás também seus ideais e o que considerava um mundo mais justo. Passam-se oito anos e agora está noiva de Max, cobiçado solteiro de Nova York. Minutos antes de dizer o “sim”, ela encontra uma carta da mãe do rapaz pedindo que ele reconsidere o casamento e o sentimento que ainda nutre pela ex. Será que Andy vai dar meia volta e comprometer a capa da próxima edição de sua revista, que trará sua própria festa? 

A primeira metade do livro é arrastada. Traz várias passagens que poderiam ter sido suprimidas sem comprometer o enredo, principalmente descrições de lugares e excessivos detalhes de como Alex terminou com Andy, do quanto ela sofreu. De como ela voltou a falar com Emily. De como conheceu Max. De como a sogra é chata. Outro exagero é o medo exagerado que a protagonista sente só de ouvir o nome da antiga chefe. Até parece Harry Potter com “aquele-que-não-deve-ser-nomeado”. Mas a segunda parte é acelerada e até nos anima a ver o desfecho e a tal (diria ausente) vingança de grife. Não vou falar mais, pois o pouco que eu disser vai ser spoiler e estragar as raras surpresas da trama. 

Aconselho a quem não leu ou viu "O diabo veste prada" a não se aventurar nessa leitura. Até porque só faz sentindo para quem conhece o histórico das personagens. Não torço pela versão cinematográfica com Miranda Meryl Priestly Streep. Mas se vier, que seja melhor que o livro, o que não será difícil.

Capa da edição britânica
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