Páginas

domingo, 20 de janeiro de 2013

a última carta de amor

“Nunca deixe de dar um recado a alguém. Por mais que você acredite que aquilo vai fazer mal ao destinatário.” Esta foi a lição – se é que podemos tirar alguma lição – do livro 'A última carta de amor', de Jojo Moyes.

Ellie é jornalista. Trabalha num grande jornal e há um ano namora John, que é casado e aparentemente não tem a intenção de deixar a esposa. Mas para ela isso não é tão óbvio. Apesar de seus 32 anos, fica a buscar significado em cada palavra vaga que ele lhe envia pelo celular. Mas a perdoamos. Afinal, qual mulher ansiosa não faz isso quando está apaixonada? Ocorre que essa obsessão a prejudica no trabalho. A chefe já está de olho em sua baixa produtividade e olhares perdidos. Situação péssima para quem sempre ambicionou grande carreira profissional.

O jornal vai mudar de sede e ela ganha da chefe a missão de fazer um artigo a partir dos arquivos antigos. É a chance de melhorar sua imagem. Ainda aérea e de olho no celular, desce até o porão atrás de tema para a reportagem. É quando encontra uma carta de 1960, quarenta anos antes.

"Meu querido e único amor,
Eu falei a sério. Cheguei à conclusão de que o único caminho é um de nós tomar uma decisão ousada.
Não sou tão forte quanto você. Quando a conheci, achei que fosse uma coisinha frágil, alguém que precisava proteger. Agora percebo que me enganei. Você é a forte de nós dois, a que é capaz de suportar conviver com a possibilidade de um amor como este, e com o fato de que ele jamais nos será permitido."

Curiosa e se identificando com o adultério evidente na missiva, ela investiga a história e conhece Jeniffer. Na época, casada com rico empresário. Levava a vida - talvez podemos dizer assim - de 'dondoca'. Até que aparece Anthony, jornalista aventureiro que a seduz. A partir daí, surgem os dilemas de quem tem muito a perder, caso resolva se entregar a esse grande amor. No meio de tudo isso, ainda tem que lidar com a amnésia por causa de um acidente de trânsito.

Literatura água com açúcar. Mas superado o melodrama desnecessário da primeira metade, o livro até que se torna empolgante. E quase justifica a chamada da capa colocada a partir do comentário do Stylist: "impossível de largar".

"Não quero saber o que está acontecendo na sua vida, Ellie. Não quero saber se tem problemas pessoais, se alguém próximo a você morreu, se está atolada em dívidas. Nem quero saber se você está com uma doença grave. Só quero que faça o trabalho para o qual é paga. Você já deve saber a essa altura que os jornais não perdoam. Se você não entregar as matérias, a gente não consegue os anúncios nem, aliás, a tiragem em circulação. Se não conseguirmos essas coisas, estamos todos no olho da rua, uns mais cedo que outros. Estou me fazendo entender?"


5 comentários:

  1. Hum... goste... vou por na minha lista... sou a
    Cleo do grupo de livros... bjjjj

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Cleo! É um bom livro. Lembra aqueles filmes de amor que passam no fim do ano :-) Beijos.

      Excluir
  2. Adorei seu blog.
    E já li o livro.
    Coloquei vcs na minha lista de blogs.
    Um abraço.
    Camila Raupp
    http://blogaodoslagos.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  3. acabei de terminar de ler o livro,gostei muito lia de madrugada,não conseguia desgrudar,vale a pena.

    ResponderExcluir