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terça-feira, 11 de setembro de 2012

give me five

No fim de cada dia, os voluntários que atuaram nos jogos paraolímpicos de Londres formavam uma fila para saudar as pessoas, em especial as crianças que saíam do conglomerado olímpico. Era o momento “high-five”, saudação na qual as mãos abertas de duas pessoas se tocam. O gesto representa vitória e mostra que tudo deu certo. Ou seja, missão cumprida. É o nosso “toca aqui” após o resultado positivo.


E foi com um grande “high-five” que o Brasil deixou Londres. Ao todo foram 43 medalhas: 21 de ouro, 14 de prata e 8 de bronze. E a meta alcançada: sétimo lugar no ranking.


Para não esquecer

Na disputa dos 800 metros de cadeira de rodas, o venezuelano Jesus Aguilar caiu a poucos metros da linha da chegada. Sem desistir, levantou e terminou a prova. O público foi ao delírio.


O chinês que sem os dois braços nada de costas. Detalhe para a largada. Nessa modalidade os atletas partem de dentro da piscina, segurando a borda com as mãos antes do tiro. E quando não há braços? Bem, largam com a ajuda do técnico, que segura a ponta de uma toalha, enquanto a outra fica firme na boca do atleta até o momento da disparada.


Euforia da torcedora britânica que nas provas da natação sabia o nome de todos. Gritava, batia palmas, saudava e comemorava cada vitória e recorde mundial. Ela representou muito bem o fervor inglês presente em todas as disputas. A arquibanca ensaiou até a famosa “ola” durante as provas de atletismo.


O torcedor-tenor que cantou em alto e bom som o hino da Itália durante a cerimônia de premiação da atleta Martina Caironi. Contagiou a plateia que o acompanhou com palmas.


O Parque Olímpico esteve sempre cheio. Quem viu a Olimpíada disse que não havia nenhuma diferença. Apesar da multidão, ouro para a organização e respeito do público.


Jogadores brasileiros do Futebol de 5 ficam de joelho durante a disputa de pênaltis contra a Argentina nas semifinais. O Brasil levou a melhor e ainda conquistou o ouro na final contra a França. Quem nunca assistiu a uma partida, vale conferir. Está ainda na memória o sorriso dos jogadores ao ouvirem os brasileiros que os saudavam enquanto deixavam o campo.


Delícia abrir os jornais ingleses e ver nossos atletas em evidência. Aliás, a imprensa esteve com ótima cobertura dos jogos, com direito a charges e primeira página para os ídolos britânicos, como a nadadora Eleanor Simmonds. Esperamos o mesmo daqui a quatro anos no Brasil. A publicidade britânica também merece medalha com os anúncios espalhados pelo metrô, Parque Olímpico, jornais.


Aliás, lá não havia paratletas. Apenas atletas. Fica a dica.


As luzes e cores do Estádio Olímpico à noite vão deixar saudades. Assim como a vista de Londres lá do alto da London Eye. Cheers!





Um comentário:

  1. Lindo depoimento. Acompanhei pela televisão e me emocionava a cada prova. Me achava tão pequena com meus braços e minhas pernas diante de tanta superação de nossos e nossas atletas. Salve!!!

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